07 abril 2011


Bloco rejeita recurso a FMI e UE e propõe auditoria de toda a dívida externa Francisco Louçã declara que o recurso ao FMI e à UE não é uma ajuda, mas um “bailout” que “tem o preço de imposição de medidas duríssimas contra salários e pensões”. No novo contexto criado pelo pedido de intervenção do FEEF-FMI, o Bloco exige auditoria a toda a dívida externa, pública e privada, e apresenta outras propostas. Artigo Artigo 7 Abril, 2011 - 17:21 Francisco Louçã mostra como os juros da dívida subiram sempre, após os sucessivos PEC - Foto de Paulete Matos Em conferência de imprensa, Francisco Louçã afirmou que José Sócrates desistiu da sua promessa mais solene e responsabilizou PS e PSD pelos sucessivos PEC, que conduziram à situação actual e a uma gravíssima recessão. O dirigente do Bloco apontou também que o Governo desistiu de outras soluções possíveis para enfrentar as dificuldades de financiamento imediatas, de Abril e Maio. O Bloco propôs “uma intervenção que sustentasse a liquidez do Estado” através do apoio do Banco Central Europeu (BCE) por via da Caixa Geral de Depósitos, que o Governo não aceitou. O Governo do PS também não aceitou uma segunda proposta feita pelo Bloco: a “acção conjugada dos países ameaçados” em relação à UE, “que os empurra para o abismo”. Francisco Louçã criticou os sucessivos PEC que agravaram a situação do país e os ataques especulativos, mostrando um gráfico (ver gráfico) em que se relaciona os PEC com os juros da dívida e que comprova que a cada PEC os juros da dívida cresceram sempre. Este facto mostra também, que Sócrates não tem razão ao justificar o aumento dos juros com a não aprovação do PEC IV.



Francisco Louçã apresentou as propostas do Bloco, perante o novo contexto do pedido de intervenção ao FEEF-FMI, exigindo uma auditoria de toda a dívida externa, pública e privada. A auditoria visa determinar a reestruturação da dívida – dos prazos e das condições - e a recusa das parcelas inaceitáveis, nomeadamente as derivadas de juros excessivos. O coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda afirmou que o partido não desistirá da consolidação orçamental, defendendo uma reforma fiscal, em combate à evasão fiscal, e a renegociação das Parcerias Público-Privadas. Francisco Louçã apelou à mobilização social e alertou também contra as ameaças de cortes de serviços públicos essenciais, de pensões e salários, nomeadamente contra possíveis ataques contra os 13º e 14º meses.

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