21 dezembro 2009

O BE E AS TAXAS DE RAMPAS - VALONGO

Taxas de rampas: uma oportunidade para a demagogia política

Na última Assembleia Municipal, realizada no passado dia 14 de Dezembro, os eleitos do Grupo Municipal Coragem de Mudar votaram, ao lado da coligação PSD/CDS, contra a proposta de abolição das taxas de rampas apresentada pelo PS. Fizeram-no, à semelhança, de resto, do que já tinham feito os vereadores independentes em reunião de Câmara anterior.
Surpreendentemente, uma medida que parecia consensual entre as várias forças políticas, com maioria nos órgãos autárquicos, acabou por ser reprovada mediante os votos contra dos eleitos da Coragem de Mudar. Ora, nos “compromissos eleitorais” que os eleitos da Coragem de Mudar formalizaram em cartório notarial, facto que fazem sempre questão de relembrar aos demais, consta, precisamente na área do urbanismo, a “abolição das taxas de rampas, socialmente injustas e de duvidosa legalidade”. Então, em que é que ficamos? É que os eleitos da Coragem de Mudar, primeiro, entendem que as taxas de rampas são socialmente injustas e de duvidosa legalidade, mas, depois, votam contra a sua abolição. Ora, duvidosa será neste caso a coerência política. Ou então temos uma falta de coragem de mudar… de opinião. É que se é este último caso, então o melhor é assumi-lo. E assumi-lo com frontalidade, em vez de tentarem disfarçar a situação com uma proposta de recomendação para a Câmara Municipal se abster dos actos de liquidação das taxas de rampas até que haja a oportunidade de ter um novo regulamento de taxas. Como é fácil de constatar, uma recomendação só é seguida se o executivo camarário assim o entender e todos já sabemos a posição tradicional da coligação do poder executivo local nesta matéria. Infelizmente, a Coragem de Mudar limitou-se a entregar a decisão das taxas de rampas à coligação PSD/CDS.
Certamente, os munícipes saberão interpretar as posições da Coragem de Mudar, mas, para já, podem continuar a contar com um imposto socialmente injusto, de legalidade duvidosa e… com o desrespeito de uma promessa eleitoral.

Valongo, 18 de Dezembro de 2009

Bloco de Esquerda Valongo

RECOMENDAÇÃO DO BLOCO DE ESQUERDA NA A.M. VALONGO

Na última Assembleia Municipal de Valongo, realizada em 28/11/2009, o Deputado do Bloco de Esquerda apresentou uma proposta de recomendação para identificação dos prédios degradados e devolutos existentes no concelho. Essa proposta, cujo teor abaixo transcrevemos, foi aprovada por unanimidade.

Recomendação
para identificação dos prédios degradados e devolutos


O crescimento descontrolado das áreas urbanas, a especulação imobiliária e as políticas desastradas de habitação nos últimos anos levaram a que em muitos concelhos, de que Valongo não é excepção, surgissem milhares de imóveis degradados e devolutos.

Trata-se de uma situação que, além de prejudicar o ambiente urbano e acentuar a noção de concelho dormitório do Porto, distorce profundamente o mercado de habitação, penalizando o acesso de muitas famílias a habitação condigna.

O Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI) faculta aos municípios um conjunto de instrumentos que permitem desincentivar estas situações, através da sua penalização fiscal. No entanto, a sua utilização carece de um processo prévio de identificação dos prédios degradados e devolutos há mais de um ano existentes na área do município. Ora, no concelho de Valongo, a listagem dos prédios em tal situação será simbólica ou até inexistente.

Pelo exposto, a Assembleia Municipal de Valongo, reunida em sessão extraordinária em 28/11/2009, decide:

RECOMENDAR à Câmara Municipal que proceda, com urgência, à identificação e relacionamento dos prédios urbanos degradados e devolutos há mais de um ano, existentes na área do município;
RECOMENDAR à Câmara Municipal que disponibilize tal listagem à Assembleia Municipal.

Sábado, 28 de Novembro de 2009 Pelo Bloco de Esquerda
a) Fernando Monteiro



Esperemos que a Câmara proceda de conformidade com a recomendação para, posteriormente, aplicar medidas desincentivadoras destas situações.

22 setembro 2009


COMÍCIO


Coliseu do porto


25 de Setembro,2009

Com

Francisco Louçã

João Semedo

João Teixeira Lopes

Catarina Martins

José Soeiro

E a musica dos F.R.I.C.S.

21 setembro 2009


22 de Setembro é Dia Europeu Sem Carros,
mas a Câmara de Valongo não participa !

“Melhoremos o ambiente na cidade” é o lema da Semana Europeia da Mobilidade de 2009. Desta vez pretende-se incentivar os municípios a melhorarem a qualidade do ar, através da limitação das emissões dos poluentes gerados pelos transportes rodoviários.

Em 2008 foram mais de duas mil cidades europeias a participar nas diversas iniciativas (que têm o apoio da Comissão Europeia) e que visam reduzir a utilização do transporte individual motorizado. Não se trata de interditar o automóvel, mas de diminuir a sua presença e reordenar o espaço urbano para haver uma utilização equilibrada dos diferentes modos de deslocação.

Mais uma vez o Executivo de Fernando Melo põe-se de fora, não participa no Dia Europeu Sem Carros nem na Semana Europeia da Mobilidade. Esta actuação do pelouro da Mobilidade não surpreende, dado o desprezo do PSD pelas matérias do ambiente e da mobilidade sustentável.

Mas esta insensibilidade ambiental da Câmara dirigida pelo PSD é especialmente grave num município, como o de Valongo, onde a má qualidade do ar e outros problemas ambientais são bem evidentes.

Para além dos custos ambientais e de saúde pública, a utilização desmedida do automóvel como transporte individual tem também brutais custos sociais, como a sinistralidade rodoviária: em 2008 o município de Valongo continuou com números escandalosos: 276 acidentes com 9 mortos e 383 feridos– dados da ANSR. Mas estes números impressionantes não fazem o Executivo de Fernando Melo sair desta escandalosa passividade, do “deixa andar”.

Nos dias de hoje, em que cresceu (e bem) a exigência cidadã para que os governos locais adoptem políticas amigas do ambiente, o desleixo e a passividade ambiental do Executivo de Fernando Melo são inaceitáveis. O declínio do concelho de Valongo, decorrente das políticas desastrosas do PSD, tem também uma expressão ambiental. É por isso que as próximas eleições autárquicas vão ser também um combate pela sustentabilidade ambiental, por um Município com melhor ambiente.

Valongo, 21 de Setembro de 2009 A candidatura do BE ao Município do Valongo

PROGRAMA ELEITORAL DO BLOCO DE ESQUERDA

PARA AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
VALONGO 2009
Decorridos 16 anos continuamos a viver no concelho mais pobre do Grande Porto. Segundo os dados avançados pelo Observatório para o Desenvolvimento Social e Económico da Universidade da Beira Interior, o município de Valongo passou do 54º lugar, em 2004, para o 93º, em 2006, baixando 39 posições no ranking das 278 autarquias do continente. O atraso do concelho de Valongo é cada vez maior. Não é mais possível esconder ou aligeirar as responsabilidades de todos aqueles que têm gerido o município e o têm levado para o “fundo do poço”. O actual executivo camarário, liderado pela coligação PSD/PP, tem demonstrado desorientação, desgaste, impotência e, sobretudo, desmotivação. Vive enredado nas quezílias e nas intrigas políticas, nas demissões de vereadores e nas retiradas de competências, nos interesses instalados e nas disputas de poder, na falta de sensibilidade social e nas falsas promessas.
O BE tem demonstrado uma outra forma de fazer política. Uma política com coerência no discurso e na actuação. Na Assembleia Municipal de Valongo e na Assembleia de Freguesia de Ermesinde temos presença activa e temos feito esse trabalho. Para nós, as pessoas estão em primeiro lugar e, ao lado delas, lutamos pelas suas aspirações. Quando os pais dos alunos das escolas da Bela, Sampaio e Gandra reclamaram da falta de cantinas para os seus filhos, nós estávamos lá. Quando a Lear encerrou as portas e deixou mais de 1000 trabalhadores no desemprego, nós estávamos lá. Quando foi preciso impedir a negociata da entrega do serviço público de recolha de resíduos a uma empresa privada, nós estávamos lá. Quando foi preciso alertar para a necessidade de criação de um gabinete de apoio às vítimas de violência doméstica, nós estávamos lá. Quando foi preciso propor medidas para o combate à crise social, nós estávamos lá. Nunca viramos a cara à luta e às causas das pessoas.
Estivemos, por isso, à altura das responsabilidades que os cidadãos nos confiaram e ganhamos força com a experiência adquirida. Fizemos a diferença. Crescemos e estamos mais fortes, mais preparados e mais interventivos. As pessoas conhecem-nos e sabem que somos, hoje, a esquerda que vai à luta, a esquerda que quer juntar forças de todos os homens e de todas as mulheres do concelho e construir uma verdadeira alternativa: uma alternativa de confiança!
O Bloco marca a diferença não só no programa eleitoral, mas também na actuação dos seus candidatos. Para o Bloco não basta a coerência no discurso. É preciso também coerência na actuação. E isso, infelizmente, tem faltado naqueles que têm governado o nosso concelho.
Por isso, assumimos um projecto de mudança. Pretendemos, por isso, fazer constar os nossos compromissos neste programa político para a transformação do concelho de Valongo, propondo o seguinte:
Combate à crise social através da acção da Câmara
Segundo os números do Banco de Portugal existem 2 milhões de pobres, dos quais 300 mil são crianças. São números que demonstram a gravidade e a dimensão da pobreza no nosso país. No concelho de Valongo a crise social agrava-se com a crise económica. O desemprego cresceu cerca de 27% no último ano e, em Junho passado, o concelho contava já com 7.000 desempregados. Para o Bloco de Esquerda a Câmara deve assumir o combate à crise social como prioritário e urgente. Neste contexto, foi fundamental a recente aprovação da Recomendação por um Programa de Urgência Social contra a crise, proposta pelo Bloco de Esquerda, na Assembleia Municipal de Valongo e que contou com a abstenção do PSD. È, por isso, fundamental a concretização prática da referida Recomendação por parte da Câmara Municipal mediante:
a) A criação imediata de um Gabinete de Combate á Crise, com a finalidade de proceder a um levantamento exaustivo de todas as situações de pobreza, exclusão social, sobreendividamento de famílias e pequenas empresas e promover as medidas que possam estar ao alcance do município para minorar o impacto da crise sobre os grupos sociais mas desfavorecidos;
b) A diminuição da taxa de IMI para famílias necessitadas;
c) A isenção de taxas municipais e comparticipação no pagamento da factura da água a famílias carenciadas do concelho;
Bloco assume como primordial a concretização de um programa de políticas municipais destinado a apoiar os jovens em início de vida activa e as pessoas mais idosas que procuram manter ou melhorar a sua
d) O congelamento do aumento das rendas sociais;
e) A revisão imediata de todas as rendas sociais das habitações com agregados familiares em situação de desemprego, pobreza ou exclusão social recentes;
f) A disponibilização de títulos de transportes públicos aos munícipes mais carenciados;
g) A comparticipação no preço dos medicamentos dos desempregados, pensionistas carenciados e doentes crónicos;
h) A distribuição gratuita de livros e de material escolar aos alunos do 1º ciclo.
Concretização de um Programa de Políticas Municipais de Apoio aos Jovens e aos Idosos
O qualidade de vida. Cada vez mais, os jovens sentem o concelho como um dormitório ou um refúgio à carestia de vida do Porto. Os idosos vivem isolados entre as paredes das suas próprias casas. As pessoas não vivem o concelho, pois com ele não se sentem identificadas. Falta, por isso, um sentimento de pertença, uma identidade concelhia, uma identidade valonguense. O Bloco quer um concelho vivo, dinâmico e atractivo para os jovens iniciarem os seus projectos de vida autónoma e com qualidade de vida para todos.
Entre outros, o programa terá por objectivo a integração dos jovens no concelho para que deixem de sentir o município como um dormitório ou um refúgio à carestia de vida do Porto. O concelho deverá ser atractivo e propício para iniciarem os seus projectos de vida autónoma. A sua identificação com o concelho é fundamental. Falta, por isso, um sentimento de pertença, uma identidade concelhia, uma identidade valonguense. E, por isso, nesta matéria propomos:
a) Criação de bolsa de imóveis destinados ao arrendamento a jovens até aos 35 anos de idade com custos controlados, através, por exemplo, do aproveitamento dos vários prédios inacabados do concelho;
b) Isenção de taxas municipais e comparticipação no pagamento das facturas de água;
c) Programas de apoio a projectos empreendedores de jovens em início de vida profissional e de apoio à entrada no mercado de trabalho;
d) Construção e beneficiação de equipamentos para a prática desportiva e promoção da sua utilização pelas camadas jovens;
e) Criação de espaços físicos de encontro e convívio de jovens junto das associações locais, dotando esses espaços de computadores, internet, livros, cd´s, dvd´s, entre outros.
f) Promoção do associativismo e do voluntariado, bem como da participação cívica nas actividades municipais;
g) Criação de creches e infantários municipais em todas as freguesias mediante protocolos celebrados com as Juntas de Freguesia;
Assegurar e manter a qualidade de vida dos mais idosos é também um factor de desenvolvimento social. Por vezes, as medidas mais simples podem fazer a diferença para aqueles que perderam a sua autonomia e dependem da ajuda de terceiros. Assim o Bloco propõe:
a) Mediante protocolos a celebrar com as Juntas de Freguesia, a instalação de Gabinetes de Apoio ao Idoso em todas as freguesias do concelho, com vista ao acompanhamento permanente nas mais diversas questões, como por exemplo, impostos, preenchimento de documentos, pedidos de cuidados de saúde ou assistência hospitalar, etc.
b) A aquisição pela Câmara Municipal de diverso equipamento hospitalar para disponibilizar aos idosos do concelho, nomeadamente, cadeiras de rodas, camas articuladas, canadianas, andarilhos, etc;
c) Apoio financeiro e logístico às associações e IPSS do concelho, nomeadamente, no aumento das vagas em lares e na expansão da assistência domiciliária, bem como na organização de actividades recreativas e desportivas especialmente dedicadas aos mais idosos;
d) Criação de bolsa de imóveis especialmente adaptados destinados ao arrendamento aos idosos com custos controlados que vivam em casas degradadas, através, por exemplo, do aproveitamento dos vários prédios inacabados do concelho;
e) Criação de dotação orçamental especialmente destinada a dar auxílio em situações de emergência social.
Municipalização dos serviços básicos e aposta na qualidade dos serviços públicos
O concelho revela graves carências nos serviços públicos que servem a população e que são a consequência das políticas desastrosas do actual executivo camarário do PSD/PP. Desde logo, a privatização dos serviços básicos (água, saneamento, resíduos sólidos, transportes, parqueamento, etc) apenas serviu para encarecer brutalmente o custo de vida dos munícipes e aumentar o lucro das empresas privadas.
A inviabilidade de projectos megalómanos como a “NOVA VALONGO” que acolheria parte significativa dos serviços públicos do município contribuiu para o grave atraso do concelho nesta matéria. O Bloco tem denunciado esta política falhada e alertado para a falta de condições de muitos serviços públicos como aconteceu, entre outros, no tribunal de Valongo, nos centros de saúde de Ermesinde e de Campo e na Unidade de Saúde Familiar (USF) de Alfena. Mas o serviço público de qualidade pouco ou nada interessa a este executivo municipal. É ver como o “jogo do empurra” entre Câmara Municipal e Ministério da Saúde para arranjar um terreno para as novas instalações da USF de Alfena tem prejudicado a população daquela freguesia. Já para o que é privado, Fernando Melo tem toda a disponibilidade para aparecer nas fotografias de braço dado com os administradores do Grupo Trofa Saúde a visitar as obras dos futuros hospitais privados de Alfena e de S. Martinho ou anunciar com “pompa” a construção de mais um hospital privado em Valongo. Pelo que, defendemos uma Câmara activa na defesa dos serviços públicos prestados no concelho (educação, saúde, justiça, segurança social, etc) e que seja capaz de sensibilizar todas as entidades que os tutelam para a melhoria da sua qualidade. Defendemos igualmente a municipalização dos serviços básicos, pois estes devem ser de todos e não o negócio de alguns.
Captação de investimento para o concelho e criação de emprego
A actuação do actual executivo é claramente deficitária em termos de fixação e atracção de empresas, negócios e actividades que beneficiem o concelho na criação de riqueza e de emprego. Não existem políticas estruturadas, claras e eficazes de apoio às PME, ao empreendedorismo, ao microcrédito e ao planeamento e desenvolvimento empresarial. Em suma, as potencialidades do concelho de Valongo nesta área não são aproveitadas e incentivadas, o que tem contribuído para a decadência económica do município ao longo dos últimos anos.
Políticas activas de promoção da cultura e do desporto, mediante a valorização do associativismo e das colectividades locais
O executivo municipal tem seguido uma política desastrosa nas áreas da cultura e do desporto. Procurou, desde logo, impor unilateralmente a política a seguir nestes domínios com o total desprezo pelo trabalho desenvolvido pela maioria das associações e das colectividades locais. Até à presente data, o actual executivo liderado por Fernando Melo insiste em fazer eleitoralismo com o associativismo no concelho, como acontece, por exemplo, com o recém-criado Gabinete das Colectividades que aparece, precisamente, a seis meses das eleições.
Na verdade, a câmara nunca teve um programa desenvolvido em permanência para as associações e, por isso, adopta estas medidas isoladas e de fachada. Tem demonstrado uma atitude de desprezo face às actividades desenvolvidas e que se revela, desde logo, na fraca presença das colectividades na organização dos eventos promovidos na agenda cultural de Valongo. Ainda há um ano atrás, em entrevista a um jornal local, Fernando Melo afirmava que “para elas (associações), muitas vezes o que importa passa por ranchinhos ou coisinhas desse tipo, que têm a sua razão de ser, mas que não têm nada a ver com a nossa identificação” (in Voz de Ermesinde de 15/04/2008).
Para o Bloco, só é possível levar a cultura e o desporto a todo o concelho através de um trabalho de parceria com as associações e as colectividades locais. Estas são os parceiros privilegiados na promoção da cultura e do desporto. Por um lado, estão mais próximas das populações e, por outro, são conhecedoras da realidade e do terreno onde actuam. Daí que seja absolutamente urgente repensar o papel destas entidades no concelho, pois são fundamentais na promoção da democracia participativa e no envolvimento dos cidadãos na vida cívica. O Bloco defende, por isso, o desenvolvimento de um Programa Municipal de Apoio às Associações e Colectividades que, numa primeira fase, passaria pela realização de um estudo de análise da situação do associativismo no concelho e, numa segunda fase, pela planificação da política de promoção da cultura e do desporto propriamente ditos, sempre em estreita colaboração não só com as associações, mas também com as Juntas de Freguesia.
Orçamento Participativo, Ordeamento do território, Acessibilidades e Mobilidade
São bandeiras do Bloco desde a sua nascença, embora alguns candidatos só as tenham descoberto nestas eleições autárquicas. Infelizmente, continua a ser necessária a sua defesa, uma vez que nada mudou no concelho. O orçamento municipal é um instrumento fundamental de definição da política do concelho e deve ser elaborado com a participação activa da população que, desta forma, pode ter influência directa nas decisões.
Em matéria de ordenamento do território existe muito trabalho a fazer, nomeadamente, em termos urbanísticos. Um olhar atento sobre o município denunciará um dos maiores atentados das políticas seguidas pelo actual executivo do PSD/PP nos últimos 16 anos: a instalação de um verdadeiro caos urbanístico no concelho. A especulação imobiliária e a carestia de vida na cidade do Porto, sobretudo, no final da década de 90, contribuíram para um forte aumento da procura de habitação nos concelhos da periferia. Em poucos anos, milhares de jovens casais vieram atrás de habitação barata e era, precisamente, no concelho de Valongo que a acabavam por encontrar. A falta de planeamento urbanístico, a cedência aos lóbis imobiliários e a ganância de receita fiscal ditaram o cenário negro em que, hoje, vivemos. Avenidas inteiras de prédios a tapar o sol a outros prédios, milhares de habitações sem qualidade, mais de cinco mil imóveis devolutos, dezenas de prédios inacabados, isolados ou sem acessos, prédios construídos em cima das linhas-férreas, das auto-estradas ou junto de linhas de alta tensão, prédios construídos sem projectos ou licenças e de tudo um pouco foi aparecendo. A noção de Valongo como dormitório da cidade do Porto tornou-se uma realidade.
No sonho permaneceram os espaços verdes, os parques infantis, os centros cívicos, as hortas comunitárias, os apoios ao associativismo, às colectividades, ao desporto e à cultura, a dinamização do comércio tradicional, a reabilitação do património histórico e dos centros das cidades, e tudo aquilo que fizesse com que as pessoas se sentissem enraizadas no concelho e nele gostassem de viver.
Assim, para inverter este cenário propomos uma redefinição da política urbanística municipal que promova, entre outros, a redução das áreas e dos índices construtivos, a reabilitação urbana, a criação de mais espaços verdes e de lazer, a melhoria da fiscalização municipal às obras de edificação, a penalização fiscal dos prédios devolutos, a delimitação rigorosa e equilibrada das áreas habitacionais, comerciais e industriais, a planificação das acessibilidades e da mobilidade nos aglomerados urbanos, a reabilitação do património histórico do concelho. A planificação das acessibilidades e da mobilidade nos aglomerados urbanos leva-nos a outra antiga reivindicação do Bloco: a criação da rede de Transportes Urbanos de Valongo e a melhoria das acessibilidades que estabelecem a ligação entre as freguesias. Prioridades do Bloco inscritas no programa de há oito anos
Conservação do património natural como promotor do desenvolvimento local
O ambiente é também uma questão fundamental para o BE, e porque pouco ou nada foi feito à excepção das campanhas de propaganda, reafirmamos as propostas de há quatro anos, nomeadamente, quanto ao tratamento e despoluição definitiva dos rios que atravessam o concelho e a concretização do plano de preservação e salvaguarda das Serras de Santa Justa, Pias e Castiçal, pondo fim ao abandono que propicia acções criminosas de fogo posto, de vandalismo e depósito de resíduos sólidos. A classificação destas serras como paisagem protegida e o aproveitamento do seu potencial turístico é fundamental no âmbito de políticas de desenvolvimento sustentado do concelho e da promoção da qualidade de vida. Propomos ainda um forte investimento na promoção da reciclagem dos resíduos sólidos que em muitas freguesias é claramente insuficiente ou inexistente.
Gestão municipal democrática e aberta às instituições do concelho
Os eleitos do Bloco continuarão a defender uma gestão municipal democrática e aberta às instituições Gestão municipal democrática e aberta às instituições do concelho. Entendemos que a gestão do município é tarefa da responsabilidade de todos e, por isso, os processos de decisão serão precedidos de consulta e da audição dos munícipes e das entidades interessadas. As associações, as colectividades, as juntas de freguesia e demais instituições públicas constituirão sempre os parceiros privilegiados na decisão e execução das políticas municipais nas mais diversas áreas.
O Bloco de Esquerda quer uma nova política no concelho de Valongo. Este programa tem por objectivo dar resposta a essa aspiração, procurando resgatar a confiança dos cidadãos que acreditam ser possível uma mudança. O Bloco quer construir essa mudança e fazer a diferença, defendendo o respeito pelo programa aqui plasmado e a actuação coerente com aquilo que proclamamos.

BLOCO DE ESQUERDA VALONGO, SETEMBRO DE 2009

17 setembro 2009


Impasse entre Câmara e Ministério da
Saúde prejudica Alfena

Ministério da Saúde e Câmara de Valongo andam no «jogo do empurra» quanto à responsabilidade da obtenção de terreno para a construção de nova Unidade de Saúde Familiar de Alfena, segundo a candidatura local de Valongo. O Bloco denunciou em comunicado de imprensa a maneira como a população está a ser prejudicada por este impasse.

16 setembro 2009

Após recente visita ao Centro de Emprego de Valongo, Eliseu Pinto Lopes, candidato bloquista à Câmara de Valongo, inteirado do diagnóstico do desemprego no concelho e tendo em conta os dados mais recentes, apresentou publicamente dados sobre a situação. O candidato considerou que «o desemprego no concelho atingiu um nível preocupante resultado do sucessivo encerramento de várias empresas no concelho como aconteceu com a Lear. Os dados confirmam a gravidade da situação, estando inscritos, no final do mês de Maio de 2009, 6 930 pessoas, ou seja, mais 1 514 desempregados que no mesmo mês do ano anterior».



E se o mundo do desemprego fosse ao contrario.

"A Jorna" é a curta-metragem que o Bloco apresenta nos tempos de antena desta campanha eleitoral

www.youtube.com/watch?v=NDxEcrhOU7I&feature=player_embedded

Mensagem de apresentação do Candidato do BE à
Junta de Freguesia de Campo


FAZER MAIS POR CAMPO

Campo, sem dúvida, necessita de muito mais e nestes últimos 16 anos CAMPO não se desenvolveu, não criou riqueza, não se modernizou e principalmente quem orientou e teve responsabilidades politicas não deu prioridade às mais urgentes necessidades que a Freguesia enfrenta, por isso me candidato à Junta de Freguesia de Campo, comprometendo-me a fazer mais e melhor.

Um Abraço a todos os meus concidadãos.

Fernando Fonseca
Candidato do BE à Junta de Freguesia de Campo

10 setembro 2009

Autárquicas 2009:


O esquerda.net fez três perguntas às candidaturas autárquicas municipais do Bloco:

Quais os maiores problemas no seu concelho? Que propostas tem o Bloco para o concelho? Porquê votar no Bloco de Esquerda?

A entrevista com o candidato à Câmara Municipal de Valongo, Eliseu Pinto Lopes,

http://www.youtube.com/watch?v=Fcs_T-4hvqc
DEBATE
Socrates Versus Louçã

www.youtube.com/watch?v=9g6npuqovAA&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Eesquerda%2Enet%2F&feature=player_embedded

Todas as diferenças entre o Bloco e o PS na politica fiscal

A primeira diferença é sobre o combate à evasão fiscal. Para o PS, tudo está a correr bem. A maioria absoluta recusou a proposta do Bloco (inicialmente aprovada por todos os deputados do PS menos um) de levantamento do segredo bancário. E deixou tudo na mesma. Para o Bloco, só há duas formas de combater a evasão fiscal: a comparação entre os rendimentos declarados e os rendimentos registados no banco, e o registo de todas as transferências para offshores. Nenhuma delas está a ser aplicada, como devia.
Segundo a lei, as transferências para os offshores já deviam estar a ser registadas. Mas não acontece nada. No primeiro semestre deste ano, mais de 6 mil milhões de euros foram transferidos para os paraísos fiscais, não pagando imposto. O que se perdeu daria para pagar a nova ponte sobre o Tejo. Pior ainda: o governo orçamentou 1796 milhões de euros de benefícios fiscais para o offshore da Madeira. O que assim se perdeu pagaria 4 grandes hospitais nacionais. O PS tem sido o governo do desperdício fiscal. Mas ainda pior: no combate à corrupção, o PS aprovou uma lei que estabelece que os rendimentos injustificados - e cujo detentor não quer justificar - pagam uma taxa ao fisco e ficam perdoados. A corrupção agradece esta forma de branqueamento.
Mas existe, como ficou claro no debate com Sócrates, uma segunda grande diferença sobre os benefícios fiscais. A posição do Bloco é clara. O sistema deve ser mais simples, com menos deduções, e com impostos mais baixos para quem trabalha. As deduções e os benefícios só servem para quem tem mais recursos e mais informação, e são uma forma regressiva de imposto, prejudicando sempre os cidadãos com menor poder de consumo.
Assim, há três grandes benefícios que devem ser discutidos. O primeiro é o da saúde. Para o Bloco, devem continuar a ser deduzidos os custos de serviços de saúde que sejam indispensáveis e para os quais não haja garantia de oferta pública: consultas, análises, medicamentos, medicina dentária. Mas não tem sentido que, como acontece agora, sejam deduzidos os custos de champôs. Em todos os casos de tratamentos de saúde no Serviço Nacional, devem ser gratuitos (e não se devem pagar taxas, como as inventadas por Manuela Ferreira Leite ou por Sócrates), e por isso não podem ter deduções. Essa posição é partilhada pelo Bloco e por fiscalistas como Saldanha Sanches, ou por socialistas tão insuspeitos como Vital Moreira.
Na sua moção ao Congresso do PS, Sócrates propõe uma redução das deduções fiscais no IRS dos grandes contribuintes, para permitir uma redução da carga fiscal sobre as "classes médias", que naturalmente será sempre pouco volumosa.No entanto, se fossem tendencialmente eliminadas (quase) todas as deduções para toda a gente, incluindo as despesas com sistemas privados de educação e de saúde (como defendo há muito), então, sim, a receita fiscal recuperada daria bem para uma diminuição significativa da carga fiscal dos pequenos e médios rendimentos. Com a vantagem adicional de uma grande simplificação e maior transparência do IRS. [Publicado por Vital Moreira]
O problema com as deduções em IRS é que deixa de fora dos benefícios justamente os mais pobres, ou seja, os que nem sequer têm rendimento suficiente para pagar IRS. É por isso que os subsídios directos são mais eficazes, mais abrangentes e mais equitativos. [Publicado por Vital Moreira]
2ª Medida: eliminar, ou reduzir drasticamente, as deduções fiscais para despesas de educação e de saúde, salvo nos casos em que os correspondentes sistemas públicos não proporcionam os respectivos serviços em condições aceitáveis. Na verdade, não faz sentido que, havendo serviços públicos de educação e de saúde gratuitos, pagos pelo orçamento do Estado, aqueles que preferem serviços privados sejam beneficiados com o desconto dessas despesas para efeitos de dedução fiscal (com limites bastante generosos), o que se traduz numa considerável "despesa fiscal". Ainda por cima, trata-se em geral dos titulares de rendimentos acima da média, não poucas vezes caracterizados por uma elevada evasão fiscal (industriais e comerciantes, gestores, profissionais[Publicado por Vital Moreira]
«Governo vai reintroduzir incentivos fiscais» à poupança. Os benefícios fiscais à poupança no IRS têm três efeitos negativos: tornam o sistema fiscal mais complexo e mais difícil de fiscalizar, têm elevados custos fiscais (redução da receita) e favorecem os titulares de mais altos rendimentos, que são quem mais deles aproveita, diminuindo a progressividade real do imposto. Será que as vantagens em matéria de incentivo à poupança superam os aspectos negativos? Esperemos pelo estudo referido pelo Ministro para ter uma resposta a essa pergunta. liberais, etc.). Duplo privilégio, portanto. [Publicado por Vital Moreira]
O Bloco defende a frequência gratuita de dois anos do pré-escolar. E os manuais gratuitos na escolaridade obrigatória (com um sistema de empréstimo de livros, fica mais barato do que o sistema actual). E o fim das propinas no superior. Por isso, não deve haver dedução quando existe oferta pública de qualidade e alguém, livremente, decide optar por uma escola privada. Pelo contrário, Sócrates quer uma educação com promoção dos privados e muito cara no público (propinas que podem chegar a 900 euros). Aqui está a diferença.
Finalmente, os PPR. Os PPR prometem um complemento de reforma e garantem uma dedução fiscal. Assim, todos os contribuintes pagam para os subscritores dos PPR, e os bancos fazem o negócio. O problema é que o rendimento dos PPR é insignificante, e assim vai ser inútil como complemento de reforma. Convido quem tenha dúvidas a reler o balanço anual do seu PPR e a verificar a rentabilidade. Qualquer depósito a prazo teria melhor resultado. O que os bancos fazem, e isso explica os péssimos resultados dos PPR, é jogar o dinheiro em acções na Bolsa: quando a Bolsa cai, os fundos afundam; quando ganha, os bancos cobram comissões e as pessoas ganham pouco. Os bancos ganham sempre, as pessoas perdem sempre, e os contribuintes financiam o sistema. Este sistema é absurdo e só é suportado pelo fisco.A escolha é portanto fundamental. Um bom sistema de pensões deve garantir os direitos das pessoas, que são constituídos pelos seus descontos e pela solidariedade inter-geracional. Deve combater a pobreza e garantir a convergência para um nível mínimo que é o salário de referência. E isso é rejeitado pelo governo da maioria absoluta. E, como todos sabem, é toda a diferença entre o Bloco e o PS.

26 agosto 2009


Exmo. Senhor Director da
Unidade de Saúde Familiar de Alfena

Valongo, 06 de Agosto de 2009

Assunto: Prestação de informação acerca da construção de novas instalações da USF Alfena
Exmo. Senhor Director,
Na sequência da nossa visita/reunião à Unidade de Saúde Familiar de Alfena realizada no passado dia 03.06.2009, o Grupo Municipal do Bloco de Esquerda, por interpelação do Deputado Fernando Monteiro na Assembleia Municipal, foi informado verbalmente pelo Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal acerca da indisponibilidade, no momento, de qualquer terreno destinado à construção das novas instalações da USF Alfena.
Entretanto, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, na pessoa do Deputado João Semedo, apresentou na Assembleia da República várias perguntas dirigidas ao Ministério da Saúde relacionadas com as preocupações manifestadas na visita/reunião.
Por ofício de datado de 27/07/2009, o Ministério da Saúde por intermédio da Chefe do Gabinete da Sra. Ministra veio dar a resposta que abaixo se transcreve:
“A Unidade de Saúde Familiar (USF) de Alfena entrou em funcionamento no dia 20 de Novembro de 2006, encontrando-se actualmente a prestar cuidados de saúde a 13.686 utentes.
Com a entrada em funcionamento da USF de Alfena, a Extensão de Saúde de Alfena sofreu obras de remodelação e beneficiação, tendo sido ainda informatizados todos os postos de trabalho.
O ministério da Saúde aguarda a formalização das negociações com a Câmara Municipal de Valongo relativamente à cedência de um terreno para a construção de um novo equipamento de saúde em Alfena, tendo inclusivamente inscrito, para o efeito, verbas no PIDDAC no valor de 200.000€, para 2009, e de 1.000.000€, para 2010.
O Ministério da Saúde prevê a execução do projecto, bem como o início da empreitada durante o corrente ano, com conclusão prevista para 2010.”
De facto, tanto quanto conseguimos apurar, o início das obras de construção das novas instalações continua a estar dependente da existência de terreno adequado, sendo certo que este ainda não terá sido cedido pela Câmara Municipal de Valongo, entidade com a qual existem negociações para o efeito, segundo a informação prestada.
Da nossa parte, continuaremos a dar toda a atenção ao desenvolvimento deste assunto e a lutar pela rápida construção das novas instalações da USF Alfena.
Com os melhores cumprimentos,

O Secretariado,

MINISTÉRO DA SAÚDE
GABINETE DA MINISTRA

Assunto: Pergunta nº 3020/x/(4ª)
– AC de 3 de Julho de 2009 do Senhor Deputado João Semedo do BE

- Unidade de saúde familiar de Alfena

No sentido de habilitar e Senhor Deputado João Semedo do BE com a informação solicitada, cumpre-nos informar V. Exa. O seguinte:
A Unidade de Saúde Familiar (USF) de Alfena entrou em funcionamento no dia 20 de Novembro de 2006, encontrando-se actualmente a prestar cuidados de saúde a 13.686 utentes.

Com a entrada em funcionamento da USF de Alfena, a extensão de saúde de Alfena sofreu obras de remodelação e beneficiação, tendo sido ainda informatizados todos os postos de trabalho.

O Ministério da Saúde aguarda a formalização das negociações com a Câmara Municipal de Valongo relativamente à cedência de um terreno para a construção de um novo equipamento de saúde de Alfena, tendo inclusivamente inscrito, para o efeito, verbas no PIDDAC no valor de 200.000€, para 2009, e de 1.000.00€, para 2010.
O Ministério da Saúde prevê a execução do projecto, bem como o inicio da empreitada durante o corrente ano, com conclusão prevista para 2010.

Com os melhores cumprimentos




A Chefe do Gabinete
Filomena Parra da Silva

REQUERIMENTO N.º /X ( )

PERGUNTA N.º 3020/X (4.ª)

Assunto: Unidade de Saúde Familiar de Alfena

Destinatário: Ministério da Saúde

Ex. Mo Sr. Presidente da Assembleia da República

Os representantes do núcleo de Valongo do Bloco de Esquerda visitaram, recentemente, a Unidade de Saúde Familiar de Alfena (USFA).
O edifício, propriedade do Centro Paroquial e Social de Alfena, tem mais de trinta anos e foi originalmente construído para acolher um lar de idosos. Há mais de dez anos o Ministério da Saúde alugou esta infra-estrutura, pagando uma avultada renda mensal, onde instalou o Centro de Saúde de Alfena.
A partir de 2006, este serviço passou a funcionar como USFA, sendo que, já à época, foi amplamente reconhecida a desadequação do edifício, quer no que concerne à insuficiência do espaço físico, que se revela inapto para acolher o crescente número de utentes da freguesia de Alfena, quer no que concerne à degradação do próprio equipamento. Entre os inúmeros constrangimentos registados, verificou-se, igualmente, a ausência de condições de acesso para os cidadãos com mobilidade reduzida, designadamente a inexistência de elevadores.
Actualmente, a USFA tem 13.690 utentes inscritos, tendo já atingido o seu ponto de saturação. Cerca de 500 utentes já foram, inclusive, obrigados a inscrever-se no Centro de Saúde de Ermesinde, estando condenados a percorrer uma distância consideravelmente maior para aceder aos cuidados de saúde básicos e tendo, igualmente, que custear essas mesmas deslocações.
Apesar de o projecto de construção de uma unidade de saúde em Alfena estar previsto há vários anos, assim como existir uma verba prevista para o efeito no QREN, ainda não está assegurado o início desta obra, na medida em que, até à data, nenhum órgão, nomeadamente a Câmara Municipal de Valongo, disponibilizou terreno para a instalação deste equipamento.
Neste compasso de espera, o prejuízo está todo do lado dos profissionais desta USF e, principalmente, dos próprios utentes, a quem não são assegurados cuidados de saúde de qualidade, em condições de dignidade e de segurança.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda dirige ao Governo, através do Ministério da Saúde,
as seguintes perguntas:
1. Como justifica o Ministério que a USFA funcione, há largos anos, num equipamento
manifestamente desadequado às necessidades da população.

2. Quando poderá assegurar o Ministério o inicio das obras da nova USFA?
3. Enquanto o novo equipamento não for instalado, que medida irá o Ministério promover no
sentido de melhorar as condições de atendimento e os cuidados de saúde prestados por
esta unidade

Palácio de São Bento, 2 de Julho de 2009

Deputado(a)s:
João Semedo

04 agosto 2009


Alternativa de Confiança

Bem-vindo ao meu blogue na internet! (eliseupintolopes.blogs.sapo.pt) Sou o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Valongo e nesse espaço pretendo estabelecer um elo de comunicação com todos os munícipes do concelho. Os principais desenvolvimentos da candidatura serão aqui relatados.

Conto, desde já, com o contributo de todos para a discussão das ideias e dos temas que fazem parte do quotidiano dos Valonguenses. Desejo, por isso, que este blogue seja um espaço de partilha das nossas preocupações, das nossas angústias e das nossas ambições quanto ao futuro do concelho de Valongo. Procuraremos, em conjunto, encontrar as soluções e o caminho a seguir, estabelecendo um diálogo permanente com todas e todos os que acreditam que é possível construir uma verdadeira alternativa – uma alternativa de confiança - para mudar o nosso concelho.
Candidatos do BE na feira de Campo









No passado Domingo, dia 2 de Agosto, o Bloco de Esquerda realizou uma visita à feira semanal de Campo.
Integraram a comitiva do Bloco de Esquerda Eliseu Pinto Lopes, o candidato à Câmara Municipal, Fernando Monteiro, candidato à Assembleia Municipal, Fernando Fonseca candidato à Assembleia de Freguesia de Campo, Fernando Guedes, candidato à Assembleia de Freguesia de Valongo, Vitor Ribeiro Guedes, candidato à Assembleia de Freguesia de Alfena, bem como outros elementos das listas do Bloco, que tiveram uma óptima recepção. Além da experiência do contacto com o público, os candidatos inteiraram-se de alguns problemas que afectam os feirantes.

O candidato à Assembleia de Freguesia de Campo, Fernando Fonseca, mantem a boa disposição entre os restantes elementos da sua equipa.

A comitiva aproveita uma paragem para trocar algumas impressões acerca dos contactos efectuados com a população e os feirantes.
Eliseu Pinto Lopes (Bloco de Esquerda) apresentou propostas de combate à crise.

O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à presidência da Câmara de Valongo, Eliseu Pinto Lopes, visitou no passado dia 8 de Julho, o Centro de Emprego de Valongo, tendo, dois dias depois visitado igualmente o Tribunal de Valongo. Após a visita ao Centro de Emprego, Eliseu Pinto Lopes, reflectindo a situação encontrada, divulgou um conjunto de propostas dirigidas à luta pelo emprego e contra a exclusão social. O cabeça-de-lista do BE comentou também algumas iniciativas públicas das candidaturas de Fernando Melo e Maria José Azevedo.

Após a recente visita ao Centro de Emprego de Valongo, Eliseu Pinto Lopes, candidato bloquista à Câmara de Valongo, inteirado do diagnóstico do desemprego no concelho e tendo em conta os dados mais recentes, apresentou publicamente dados sobre a situação. O candidato considerou que «o desemprego no concelho atingiu um nível preocupante resultado do sucessivo encerramento de várias empresas no concelho como aconteceu com a Lear.

Os dados confirmam a gravidade da situação, estando inscritos, no final do mês de Maio de 2009, 6 930 pessoas, ou seja, mais 1 514 desempregados que no mesmo mês do ano anterior». destes incritos, cerca de metade em Ermesinde, tendo por isso Eliseu Pinto Lopes apresentado agora a proposta de um balcão de atendimento do Centro de Emprego precisamente em Ermesinde. «A concretização desta medida permitiria, por um lado, descongestionar o Centro de Emprego de Valongo e, por outro, servir melhor os utentes de Ermesinde que poupariam dezenas ou até centenas de euros em deslocações», defende o cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda.

Segundo este, «infelizmente, os elementos avançados vieram a confirmar os dados do BE que apontam para um acréscimo superior a 25% de desempregados no concelho em apenas um ano. Estes números demonstram que as prioridades assumidas pelo Bloco no combate à crise social são o caminho certo». Neste contexto, defendeu o candidato, «foi fundamental» a recente aprovação da Recomendação por um Programa de Urgência Social contra a crise, proposta pelo Bloco de Esquerda, na Assembleia Municipal de Valongo e que foi aprovada com os votos favoráveis do partido proponente, PS e CDU, a abstenção do PSD e da presidente da mesa da Assembleia, e um voto contra de um deputado do PSD.

Eliseu Pinto Lopes entende ainda que o município de Valongo revela «graves carências em muitos dos serviços públicos que servem a população em áreas essenciais como a saúde, a justiça, a educação, a segurança, entre outras, com «diversas insuficiências ao nível dos recursos logísticos e humanos nestes serviços».

Recorde-se que o cabeça-de-lista do BE «tem sido uma das vozes activas na denúncia das más condições do Tribunal de Valongo que continua na mesma situação há 14 anos».Comentando também alguns aspectos da campanha eleitoral, Eliseu Pinto Lopes, dirigindo-se aos seus adversários políticos, “apelou” a que estes se concentrem «mais no debate de ideias e programas para servir o concelho e à elevação do nível da campanha para as autárquicas».O cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda declarou-se «preocupado», a pouco mais de dois meses das eleições, pela «campanha espectáculo para a comunicação social em vez do debate profundo e sereno das propostas para combater o atraso do concelho».

Criticando os seus adversários, Eliseu Pinto Lopes apontou que «a prioridade deve ser a discussão das dificuldades da população e não o show off político vazio de conteúdo e utilidade. Não é por chorar em público ou registar as promessas no cartório à frente das câmaras de televisão que um candidato passa a ser mais sério ou credível que os restantes».

Fazendo seu o slogan “Alternativa de Confiança”, o primeiro candidato à Câmara pela lista do Bloco de Esquerda confirmou ainda que «é, por isso, necessária alguma contenção a todos os níveis, sob pena de se defraudarem as expectativas dos eleitores e desacreditar ainda mais a política», referiu.

Hospital de Valongo
Reordenamento Hospitalar da Área Metropolitana do Porto

O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Valongo, Eliseu Pinto Lopes, lamenta as declarações prestadas pelo vice-presidente da Administração Regional do Norte (ARSN), Fernando Araújo, a propósito do 4º e último estudo englobado no projecto de ‘Reordenamento Hospitalar da Área Metropolitana do Porto’, no âmbito dos ‘Desajustamentos entre as Necessidades e a Oferta’.
No referido estudo, atendendo aos mais variados critérios, foram apresentados dois cenários de reordenamento para o Hospital de Valongo: a substituição deste hospital por uma unidade hospitalar com maior capacidade assistencial, quer ao nível da carteira de serviços quer ao nível de capacidade física, ou então, a reconversão do Hospital de Valongo, deixando de dar resposta a Utentes agudos, que passam a ser directamente servidos por outro hospital mais diferenciado (nomeadamente o Hospital de São João e/ou o Centro Hospitalar do Porto.
No que respeita ao primeiro daqueles cenários, o estudo não faz qualquer referência à possível localização da nova unidade hospitalar caso viesse a ser esta a solução adoptada, pelo que o candidato do Bloco de Esquerda não compreende a afirmação do vice-presidente da ARSN no JN do passado dia 25/07/2009 quando refere ser “necessário perceber se, a médio e longo prazo, valerá a pena fazer um grande investimento em Gondomar com a construção de um hospital médio”.
Para Eliseu Pinto Lopes esta declaração é precipitada e pode querer significar que o estudo apresenta cenários, mas que na realidade já existem decisões tomadas. Situação agravada pelo facto de tal afirmação surgir numa altura em que o referido estudo acaba de ser colocado em discussão pública até ao próximo dia 15 de Setembro. O Bloco de Esquerda recusa o encerramento ou desqualificação do hospital de Valongo e defende a construção de um novo hospital que sirva os concelhos de Valongo, Gondomar e Maia nos quais não há qualquer hospital público.
Valongo, 31/07/2009
Eliseu Pinto Lopes
Candidato do BE à Presidência da Câmara Municipal de Valongo

29 julho 2009



Alternativa de Confiança

COMUNICADO À IMPRENSA

O secretismo em torno deste projecto e da própria cerimónia de lançamento da primeira pedra do novo Campus da Justiça de Valongo reforça a ideia de que este acto constitui um mero anúncio de intenções sem qualquer consequência prática que não seja a de dar protagonismo à campanha do Partido Socialista e do seu candidato local à Câmara Municipal. Para o Bloco de Esquerda não faz sentido que os profissionais da justiça (advogados, juízes, magistrados, funcionários) e os próprios utentes sejam completamente afastados, mantidos na ignorância e à margem de todo o processo sem poderem conhecer ou serem ouvidos acerca das opções tomadas, muitas delas certamente bem criticáveis e que poderiam ser evitadas.
Apesar da necessidade premente das novas infra-estruturas, gostava de saber, por exemplo, o que pensam as pessoas acerca da opção de implantar as futuras instalações do tribunal no meio de cinco torres, de sete andares cada uma, destinadas a habitação e comércio, junto a uma linha de comboio e tudo em pleno centro da cidade de Valongo. Será uma muralha de prédios com um impacto visual brutal numa cidade com milhares de habitações devolutas, com dezenas de edifícios inacabados e castigada pelo caos urbanístico gerado nos últimos anos, onde os interesses dos lóbis imobiliários parecem continuar a falar mais alto.
Acresce que, este projecto resulta de mais uma das famosas parcerias público-privadas deste Governo em que invariavelmente o Estado fica com o encargo de pagar rendas mensais altíssimas durante décadas, onerando as gerações vindouras e agravando ainda mais o défice do país em termos futuros.

Valongo, 29/07/2009

Eliseu Pinto Lopes
Candidato do BE à Presidência da Câmara Municipal de Valongo

28 julho 2009

O BLOCO NA FEIRA DE VALONGO

No âmbito da pré-campanha para as Eleições Autárquicas, o Bloco de Esquerda levou a efeito uma visita à feira semanal de Valongo, no passado dia 25/07/2009. Integraram a comitiva do Bloco de Esquerda os candidatos cabeças de lista à Câmara, à Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia de Valongo, respectivamente, Eliseu Lopes, Fernando Monteiro e Fernando Guedes, que tiveram uma óptima recepção. Além da experiência do contacto com o público, os candidatos inteiraram-se de alguns problemas que afectam os feirantes.



04 julho 2009



Vice-Presidente demite-se acusando o Presidente da Câmara de Valongo Dº. Fernando Melo de despesismo.
O Vice-Presidente de Câmara Municipal de Valongo, João Queirós, demitiu-se do cargo acusando o presidente da Câmara, Fernando Melo, de despesismo e de "hipotecar o futuro do concelho". Nada que espante o Bloco de Esquerda Valongo, visto que muitas vezes o deputado municipal deste partido Fernando Monteiro, tem denunciado a incompetência e o desgoverno deste executivo, em particular do Dº. Fernando Melo e do PSD.
O Executivo de direita na Câmara de Valongo tem tido várias divergências ao longo do último mandato, tendo no momento apenas dois vereadores com pelouro.
O ex-vice-presidente da Câmara de Valongo declarou à Lusa que tem sido impossível, nos últimos tempos, conter a despesa por acção do actual presidente, Fernando Melo.

O executivo camarário liderado pelo Dr. Fernando Melo e o PSD, tudo fez para de entregar os serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos e varredura do concelho de Valongo a privados.
Com objectivos pouco transparentes o executivo do PSD tudo fez para aprovar este concurso em cima das eleições, que levou toda oposição a insurgi-se contra este malabarismo anti-democrático.
Para as oposições, uma decisão sobre esta temática deveria esperar pelas próximas eleições autárquicas, já que uma decisão antes destas comprometeria futuros mandatos.
Sem explicações transparentes e uma forma mais esclarecedora no que a esta questão diz respeito, o Dº. Fernando Melo e o PSD com a conivência da Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, manifestaram uma atitude claramente anti-democrática e um total e profundo desrespeito, pelo plário da Assembleia Municipal, em particular pelas oposições neste orgão.
O Bloco de Esquerda, desde o inicio desta discussão, ainda em reunião de líderes, assumiu claramente uma posição diferentes das restantes oposição, as nossas críticas eram políticas e não juridicas, defendemos a retirada deste ponto da ordem de trabalhos, éramos a favor que fosse a autarquia, assumir, a responsabilidade dos serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos e varredura do concelho de Valongo, isto é, éramos e somos favoráveis a municipalização destes serviços.
O valor deste concurso era de 24 milhões de Euros durante 8 anos de contrato, ou seja, o equivalente a 3 milhões de Euros por ano.
O Dº. Fernando Melo, o seu executivo e o PSD sofreram uma profunda derrota, o resultado da votação que rejeitou o concurso, foi de 18 votos contra, toda a oposição (BE, PS, CDU) e dois Presidentes de junta, sendo um “independente” o Dº. Arnaldo da Junta de freguesia de Alfena, e o Presidente da junta de Ermesinde eleito pelo PSD, a favor, votaram o PSD e a Presidente da Mesa da Assembleia Municipal. De realçar ainda, a falta de dois deputados do PSD, que não sendo substituídos inviabilizavam por si só o acordo.
O deputado do Bloco de Esquerda, compareceu a todas as convocatórias, assumindo a sua coerente posição política, abandonando o plenário da assembleia na altura da votação com a justificação dos procedentes anti-democráticos e falta de respeito aos partidos que compõem a assembleia municipal, quando foi necessário quórum o bloco de Esquerda imbuído pelos princípios da sua política que é a municipalização destes serviços, esteve presente para rejeitar este absurdo acordo.

03 julho 2009

A Recomendação Por um Programa de Urgência Social contra a crise, proposta pelo Bloco de Esquerda, foi aprovada na assembleia municipal de Valongo com os votos favoraveis do partido proponente, PS e CDU abstiveram-se o PSD e a presidente da mesa da assembleia, contra um deputado do PSD.

A crise económica e financeira que resultou da aplicação das desumanas teses neoliberais está a traduzir-se no encerramento de empresas, despedimentos, descida de salários (que já eram inferiores em 20% aos doutras regiões do país). Largos sectores da população estão a ser atingidos pela perda de rendimentos, e cresce o número de pobres e de excluídos.

Em Valongo, e só no último ano, o desemprego cresceu 20%, atingindo actualmente mais de 7.000 pessoas, 500 das quais com nível de escolaridade superior. Valongo ocupa agora o sexto lugar dos municípios com maior desemprego, entre os 18 que constituem o distrito do Porto. “A situação social é gravíssima”, referem as associações que têm intervenção nesta área.

Os órgãos autárquicos do município de Valongo não podem ficar indiferentes. Impõe-se a conjugação de esforços com organismos da administração central e IPSS para proteger as famílias e os munícipes mais afectados pela crise económica e social. Assim, a Assembleia Municipal de Valongo reunida em 29 de Abril de 2009 RECOMENDA ao Executivo camarário a adopção de um Programa de Urgência Social contra a crise, ente outras, com as seguintes medidas:

Criação de um Gabinete de Combate à Crise composto por uma equipa municipal multidisciplinar, com a finalidade de proceder ao levantamento de todas as situações de desemprego, pobreza, exclusão social e sobre-endividamento de famílias, com vista a minorar o impacto da crise sobre os grupos sociais mais desfavorecidos do concelho de Valongo, devendo, entre outras actuações:

Ajudar na procura de emprego e na formação profissional dos trabalhadores desempregados.
e quanto às famílias sobre-endividadas, estabelecer linha telefónica gratuita para aconselhamento sobre planeamento financeiro, renegociação de créditos e dívidas e combate à publicidade agressiva e enganosa.

Apoiar no pagamento da factura da agua as famílias mais carenciadas.

Criação duma unidade móvel de entrega de medicamentos, alimentos e artigos de higiene pessoal, bem como de prestação de serviços de reparação às pessoas com deficiência, idosos e famílias necessitadas.

Distribuição gratuita de livros e material escolar para os estudantes do 1º ciclo, nível de ensino face ao qual o município detém particulares responsabilidades, promovendo também a recolha de manuais escolares usados; Revisão imediata das rendas que estão a ser cobradas pela empresa municipal de habitação relativamente às famílias com desempregados, idosos e pensionistas.

Disponibilizar títulos de transporte público aos munícipes carenciados;Comparticipação no preço dos medicamentos adquiridos por pensionistas e desempregados, bem como por doentes crónicos e carenciados;Alargamento de cuidados de saúde oral aos idosos e famílias carenciadas.

10 junho 2009

Link - http://tv1.rtp.pt/noticias/eleicoes/europeias2009/?ano=2009&distrito=130000&concelho=130600&freguesia=130607


Os resultados das europeias evidenciam a importância da intervenção local do Bloco, do protagonismo de núcleos fortes e da permanência de uma intervenção autárquica combativa e empenhada.
Se cresce em todo o país, o Bloco cresce mais onde tem uma intervenção local mais forte.
Onde tem vereadores eleitos - Moita (16,7%); Entroncamento (20,1%); Salvaterra (17,8%) - ou intervenção política local reconhecida - Portimão (17%); Sintra (14,7%); Caminha (11%), entre muitos outros exemplos possíveis.
Os resultados das europeias evidenciaram a importância também da intervenção do Bloco de Esquerda Valongo, que mais que duplicou a sua votação em todas as freguesias do Concelho , passando a ser a terceira força politica com (11,61%) como se pode verificar no link post acima.

09 junho 2009


O resultado mais importante desta eleição foi a confirmação da extraordinária progressão do bloco. O maior resultado em termos absolutos, a maior percentagem e o triplicar de eleitos marca a nova responsabilidade a que temos de responder. O bloco progride nos meios rurais e nos urbanos, em todas as idades com destaque para os jovens.

Europeias: BE

O Bloco tem um resultado que supera todas as expectativas. Mais do que duplica a sua votação e percentagem de há cinco anos, é o único partido dos cinco maiores que consegue a proeza de aumentar o número de votos que conseguiu nas legislativas (com muito menos votantes) e triplica o número de eleitos. O Bloco foi provavelmente quem mais ganhou com o seu resultado, porque se trata de um salto qualitativo de grandes dimensões.
Vale a pena olhar para a consistência da subida e como ela segue o padrão das anteriores. Sobe mais nas zonas onde era mais fraco e menos onde era mais forte. É mais nacional e mais rural, mais transversal quer socialmente quer do ponto de vista etário. Fica em terceiro numa parte razoável do país.
Ganha em algumas freguesias e em muitas mesas de voto. O crescimento faz-se muito através do PS. E isso quer dizer que é o Bloco que consegue atrair melhor o eleitorado de esquerda. O Bloco tem condições para aproveitar esta onda. Mas também sobe por via de novos eleitores. O BE ganha sobretudo em mesas de voto onde a maioria dos eleitores inscritos são mais jovens. O que quer dizer que ganha muito no novo eleitorado, e isso promete a continuação do seu crescimento.

Se este tivesse sido o resultado nas legislativas o Bloco elegia 21 deputados. Mais em Lisboa, Setúbal e Porto, novos em Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém e Faro. Provavelmente mais do que um em alguns destes novos distritos. Ou seja, o Bloco tem condições para ser um partido representado em grande parte do país, provavelmente o mais nacional dos três fora do centrão. Estes resultados criam uma dinâmica para as legislativas e autárquicas que é excelente para o Bloco de Esquerda.

24 maio 2009


Assembleia da República
REQUERIMENTO Número /x ( .ª)
PERGUNTA Número /x ( .ª)
Assunto: Centro de Saúde de Ermesinde

Destinatário: Ministério da Saúde

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República

O crescimento exponencial da população da cidade de Ermesinde, na década de 90, há muito exigia a readaptação dos serviços de saúde existentes.

A unidade de saúde local – o Centro de Saúde (CS) de Ermesinde, localizado na Gandra, em funcionamento desde 1970 – não conseguia responder às necessidades da população. De facto, mesmo após as duas obras de readaptação a que foi submetido, este CS nunca se conseguiu ajustar ao crescimento populacional registado em Ermesinde.
Dos cerca de 48 mil utentes inscritos, 13 mil (27%) não têm médico de família.
Perante o esgotamento da capacidade das instalações de Gandra, procedeu-se à abertura de um novo CS, localizado no lugar da Bela, extremo norte da freguesia de Ermesinde.
Esta unidade tem, no entanto, capacidade para apenas 30 mil utentes, pelo que se pretende que a unidade da Gandra sirva cerca de 18 mil utentes, após a remodelação das suas instalações.

Durante as obras, a unidade de Bela será o único serviço de saúde da freguesia de Ermesinde, apesar de, manifestamente, não cobrir as necessidades da totalidade dos utentes inscritos
Pretende-se, portanto, que as intervenções a serem promovidas nas instalações da Gandra sejam o mais breves possíveis. Só assim se poderão colmatar as deficiências que o funcionamento de uma única unidade de saúde representa para a população de Ermesinde.
Apesar de, no momento do encerramento do CS na Gandra, ter sido anunciada a sua reabertura, no prazo de seis meses, findos oito meses ainda não está em funcionamento esta unidade, com os recursos e valências projectadas. Não existe, inclusive, data prevista para a sua inauguração.

Paralelamente, os utentes têm-se visto confrontados com inúmeras dificuldades no que respeita à deficiente frequência dos transportes que servem a unidade de saúde de Belas.

Esta situação tem vindo a pôr em risco a acessibilidade dos utentes aos mais básicos cuidados de saúde, em expresso detrimento dos seus direitos.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, dirige ao Governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:

1. – Porque razão ainda não foi reaberta a unidade de saúde da Gandra?

2. – Para quando está a prevista a sua abertura?

3. – Contará esta unidade com os recursos humanos necessários à satisfação das necessidades dos utentes que a mesma irá abranger?

4. – Irá o Ministério da Saúde reclamar que a Câmara Municipal de Valongo adeqúe a rede de transportes às necessidades dos utentes do Centro de Saúde de Ermesinde, localizado em Belas?

Palácio de São Bento, 22 de Maio de 2009.



Deputado(a)s
João Semedo

18 maio 2009


Miguel Portas no jornal i
Mai 18, 2009 publicado por zenuno.
Miguel Portas, candidato do Bloco de Esquerda às europeias, diz que o principal objectivo do partido é “tirar a maioria ao PS”
Como vê a utilização do BE como instrumento de vitimização política do PS?
Sócrates sabe bem que, se há força política que o pode colocar em maioria relativa, essa força é o Bloco. Por isso, tem boas razões para nos transformar no seu principal adversário.
Sente que a discussão sobre o bloco central surge porque as elites têm medo do crescimento do BE?
É parte da explicação. É evidente que, no plano institucional, já existe um bloco central mitigado entre a Presidência da República e o governo. Mas essa ideia tem crescido com a percepção de que, para continuar com as políticas que temos neste contexto de crise social gravíssima, é necessária uma maior base de apoio político. Uma espécie de partilha de responsabilidades nas políticas difíceis. As elites, não querendo atacar os bancos, sabem que só vamos sair da crise com mais medidas impopulares e que fracturam completamente a base eleitoral de um só partido maioritário. É por isso que pedem um bloco central.
Qual é o principal objectivo eleitoral do Bloco?
Tirar a maioria absoluta ao PS.
Querem ser governo? Estão preparados para isso?
Estamos claramente a preparar o Bloco para ser governo. Vamos apresentar-nos com um programa de governo e chegará o dia em que seremos governo. Não é por acaso que o outdoor que está nas ruas liga intimamente as mudanças na Europa e as mudanças em Portugal sob uma única ideia: “Justiça na economia”. Para nós, este processo [eleições legislativas e europeias] faz parte do mesmo combate. É um projecto que visa consolidar o Bloco como grande referência de alternativa.
Nunca no governo com o PS?
Deixaremos nascer um governo de maioria relativa do PS, se essa for a opção da liderança socialista.
Recusa completamente pertencer a um governo socialista…
Recusamos pertencer a qualquer governo com esta liderança. Nenhum português compreenderia que a nossa luta contra as políticas socialistas tivesse sido a fingir - porque não foi. Garantimos aos eleitores que nos bateremos por maiorias no parlamento, tendo em conta cada um dos compromissos que assumimos na batalha eleitoral.
E se Alegre fosse líder o socialista…
Aí estaria aberta a porta à renovação de rostos e políticas. Seria um quadro político inteiramente novo. Mas Alegre não é candidato às legislativas; não é esse o quadro da disputa eleitoral.
Manuel Alegre tem espaço neste projecto do Bloco?
Manuel Alegre tem seguramente um espaço, que é o dele - e não é pequeno -, num projecto de recomposição e construção de uma esquerda que queira ter ambição maioritária neste país. O Bloco é só parte dessa esquerda.
Mas Alegre é uma uma peça importante nesse puzzle?
É evidentemente muito importante. Não tenho dúvidas de que boa parte da consolidação do BE tem que ver com a coerência da nossa intervenção mas também com a abertura que revelamos na relação com outros sectores da esquerda. Temos consciência de que a esquerda que é precisa é muito maior do que o Bloco.
Que comentário lhe merece a recusa de Alegre integrar as listas do PS?
Foi muito coerente com aquilo que tem defendido. Um gesto de grande dignidade: não foi o primeiro, não será o último.
Tem ideia que as pessoas olham para os militantes do Bloco como “perigosos esquerdistas”?
Não. As pessoas vêem-nos exactamente como somos: gente convictamente de esquerda, técnica e politicamente preparada para oferecer soluções concretas para problemas concretos.
Estão a preparar quadros para este projecto de governo do partido?
Trabalhamos para uma renovação geracional do Bloco e isso é evidente.
José Sócrates é pior primeiro-ministro do que Durão Barroso é presidente da Comissão Europeia?
Não. Estão bem um para o outro: “É porreiro pá!”
O que diria aos leitores se tivesse que os convencer a votar em si em 15 segundos?
Diria aos idosos para votarem pelo futuro da geração Europa, dos seus netos. E diria à geração Europa: “Levantem-se e sejam!” O voto é uma bela maneira de começar