15 janeiro 2009

VISTA AÉREA DE ALFENA

Carta aberta aos eleitores de Alfena

No dia 25: 4 listas em disputa para a Assembleia de Freguesia

São quatro as listas concorrentes às eleições intercalares da Assembleia de Freguesia de Alfena a realizar no próximo dia 25 de Janeiro. De acordo com o sorteio realizado, a lista do Bloco de Esquerda será a primeira no boletim de voto. A lista do BE foi a única das quatro listas que foi imediatamente aceite pelo Tribunal, já que não tinha qualquer irregularidade. Este facto é um bom indício do rigor e empenhamento político dos candidatos do BE.

Há que salientar a ausência de listas do PSD e CDS/PP. Em tempo de crise económica e social é preciso que todas as forças políticas tomem posição, digam quais são as suas propostas, definam as suas prioridades, indiquem as suas escolhas, assumam as suas responsabilidades. Mas o PSD e o CDS/PP ao decidirem ficar na bancada, sentados como meros assistentes às eleições, são bem a imagem da confusão ideológica em que a direita está mergulhada. PSD e CDS/PP não querem lutar contra as políticas anti-sociais de Sócrates, não dão a cara no grande desafio de combater a crise e melhorar a vida da maior parte da população de Alfena. Também a lista do PS mostra a profunda divisão/fractura da base eleitoral e das estruturas daquele partido, também fustigadas pelas políticas neo-liberais do governo de José Sócrates.

Uma autarquia não pode desempenhar bem as suas competências se o órgão deliberativo (Assembleia) e o órgão executivo (Junta) não respeitarem a vontade popular. E uma autarquia para ter a confiança dos eleitores tem que prestar contas, contas certas e a tempo. Não pode haver qualquer dúvida ou suspeita sobre a forma como são usados os dinheiros públicos. Rigor e transparência nas receitas e despesas são para os candidatos do BE um ponto essencial na gestão das autarquias.

As prioridades dos eleitos do Bloco de Esquerda para os próximos dez meses, até às futuras eleições autárquicas de Outubro, são as de estabelecer o funcionamento democrático da assembleia de freguesia e clarificar a situação económica e financeira da autarquia. A lista do Bloco de Esquerda tem também propostas para melhorar a qualidade da democracia em Alfena (por exemplo, o orçamento participativo) e medidas de combate à crise social e económica causada pelas políticas do governo Sócrates, que esquece quem mais precisa e só favorece quem mais tem.

Com o seu voto, os eleitores de Alfena podem pôr a sua freguesia no caminho do progresso e bem-estar. Para isso, é preciso votar nos que defendem um poder local com democracia e participação popular
. É preciso votar nos que dão luta às políticas de Sócrates, que muito se preocupa com os prejuízos dos banqueiros mas não quer saber dos desempregados, dos idosos e dos jovens sem trabalho estável e sem direitos. É preciso votar no Bloco de Esquerda !


Bloco de Esquerda - Alfena, 16 de Janeiro de 2009

08 janeiro 2009



ELEIÇÕES INTERCALARES EM ALFENA, DIA
25/JANEIRO/2009
4 Listas em disputa para a Assembleia de Freguesia

Deram entradas no Tribunal de Valongo 4 listas concorrentes às eleições intercalares da Assembleia de Freguesia de Alfena a realizar no próximo dia 25 de Janeiro. De acordo com o sorteio realizado, o Bloco de Esquerda será a primeira no boletim de voto.

A lista do BE foi a única das quatro listas que foi imediatamente aceite, já que não tinha qualquer irregularidade. Este facto é um bom indício do rigor e empenhamento político dos candidatos do BE.

Há que salientar a ausência de listas dos partidos de direita, PSD e CDS/PP. Esta “deserção” tem grande significado político, até porque em tempo de crise é preciso que todas as forças políticas tomem posição, digam quais são as suas propostas, definam as suas prioridades, indiquem as suas escolhas, assumam as suas responsabilidades. O PSD e o CDS/PP ao escolherem ficar na bancada, sentados como meros assistentes, são bem a imagem da confusão ideológica em que a direita está mergulhada e mostram que PSD e CDS/PP não estão preparados para dar a cara no grande desafio de combater a crise e melhorar a vida da maior parte da população de Alfena.

Também a lista do PS suscita um breve comentário, até porque reflecte a divisão/fractura da base eleitoral e das estruturas daquele partido também fustigadas pelas políticas neoliberais do governo de José Sócrates.

A prioridade dos eleitos do BE em 25 de Janeiro até às futuras eleições autárquicas de Outubro tem que ser a de estabelecer o funcionamento democrático da Assembleia de Freguesia e colocar as contas certas e em dia.

Uma autarquia não pode desempenhar bem as suas competências se o órgão deliberativo (Assembleia) e o órgão executivo (Junta) não respeitarem a vontade popular
. E uma autarquia para ter a confiança dos eleitores tem que prestar contas, contas certas e a tempo. Não pode haver qualquer dúvida ou suspeita sobre a forma como são usados os dinheiros públicos. Rigor e transparência nas receitas e despesas são para os candidatos do BE um ponto essencial na gestão das autarquias.

A lista do Bloco de Esquerda às eleições intercalares de 25 de Janeiro não deixará também de apresentar, no programa de actuação para os próximos 10 meses, um conjunto de medidas de combate à crise social e económica causada pelas políticas erradas do governo Sócrates, bem como propostas para melhorar a qualidade da democracia em Alfena.

Alfena, 05 de Janeiro de 2009

O Bloco de Esquerda

06 janeiro 2009



Nem Orçamento nem Plano de
Actividades Posição do BE

O Orçamento e o Plano de Actividades são os documentos mais reveladores das opções, das escolhas políticas e das prioridades dos Executivos. Não admira por isso que a legislação autárquica desenvolva com especial atenção esta matéria.
Mas nem o facto de se tratar do principal documento duma autarquia, levou a Junta a fazer o seu trabalho de casa e a apresentar, como lhe compete, uma proposta de Orçamento e Plano de Actividades.

Já temos dito que esta Junta de Freguesia se “esqueceu” da população de Ermesinde, das necessidades e anseios dos seus milhares de habitantes. Mas agora a falta é mais grave, porque atinge a base da democracia local: ao não ser apresentado o Orçamento e Plano até 31 de Dezembro, está a ser negado aos eleitos desta Assembleia de Freguesia o exercício duma das suas principais competências, a de aprovar a proposta de orçamento e as opções do plano, competência prevista na alínea a) do nº 2 do artº 17º da Lei nº 169/99 na redacção da Lei nº 5-A/2002 de 11 de Janeiro.

Mais uma vez, a Junta de Freguesia não cumpre o seu papel de fazer chegar ao órgão deliberativo, a tempo e horas, os documentos previsionais. Esta situação, para além de afectar negativamente a população de Ermesinde, é daquelas que a Lei da Tutela Administrativa (nº 27/96), pela sua gravidade, prevê como uma das causas para a dissolução dos órgãos autárquicos.
Como eleito do Bloco de Esquerda e em cumprimento do mandato que nos foi dado pelos eleitores, não deixaremos de lutar pelo exercício, com dignidade, das nossas competências.

Quem votou no Bloco de Esquerda quis uma nova política, uma política de esquerda, combativa e uma nova forma de trabalhar nos órgãos do poder local.
E porque respeitamos a vontade das mulheres e homens que votaram na lista do BE, continuaremos o combate para que haja um Orçamento e um Plano de Actividades e dele constem ideias e propostas que favoreçam a participação cívica, a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar da população de Ermesinde.

Ermesinde, 29-12-2008
O representante do B.E. Luís Santos

05 janeiro 2009

Não á violência doméstica

MOÇÃO

Mais acção das autarquias na luta contra a violência doméstica

A violência contra as mulheres está a aumentar em Portugal e este ano foram já assassinadas 44 mulheres, mais do dobro de todo o ano de 2007.

Por ocasião do “Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres” que ocorreu em 25 de Novembro, foram divulgados relatos e números bem significativos: só a PSP recebeu, até finais de Outubro de 2008, mais queixas de violência doméstica do que em todo o ano de 2007, mais precisamente 13,6%. Foram apuradas 14.823 denúncias nos dez primeiros meses, enquanto o total do ano de 2007 foi de 13.050. São dados que apontam para um significativo aumento da violência doméstica contra mulheres. E os dados conhecidos mostram que o nosso concelho não escapa à situação geral.
A luta contra a violência doméstica teve avanços nos últimos anos. Avanços ao nível do estudo da violência, da extensão do fenómeno, das suas consequências pessoais e sociais, avanços a nível legislativo e avanços no apoio às vítimas. Mas não nos podemos conformar nem resignar com a situação actual. A violência de género tem que ser encarada como um problema político, um problema de direitos humanos e um problema de cidadania de que as autarquias se não podem alhear.
Assim, a Assembleia Municipal de Valongo, recomenda ao Executivo que, em conjugação com as organizações que trabalham nesta área, elabore um Plano municipal de combate eficaz à violência doméstica.
(Moção aprovada por unanimidade)
Valongo, 22/12/2008
O Bloco de Esquerda
Intervenção do BE na Assembleia
Municipal
de Valongo de 22-12-2008
O Orçamento e o Plano de Actividades para 2009, em vez de ser um projecto ousado, corajoso para afirmar o município de Valongo, mais parece um número dum evento já tradicional no Concelho: o MagicValongo. Só um truque digno dos melhores ilusionistas que por aqui têm passado permitiria cumprir aquilo que está orçamentado.
Sabemos que em ano de eleições dá jeito ao poder local ter verbas orçamentadas que possam ser depois encaminhadas para outros fins mais eleitoralistas sem aumentar o total do orçamento. Também sabemos que convém atirar com números astronómicos para o ar, tentando iludir a realidade que se resume numa frase: esta Câmara está esgotada e sem capacidade de realização. Olhando aos números que nos apresentam, verificamos um crescimento global do orçamento de 25%. Podíamos estar perante um valor que significasse o começo da capacidade de iniciativa do Executivo. Como estamos na Assembleia Municipal, importa olhar para a realidade.
E o que a realidade nos mostra é um aumento avassalador das despesas correntes. Estas, no seu total, crescem 23% face a 2008. Mas há uma das parcelas que aumenta extraordinários 32%. É a que se designa por “Aquisição de Bens e Serviços”. Esta rubrica tem orçamentados 23,575 milhões de euros para 2009, mais 5,79 milhões do que em 2008.

É verdadeiramente notável a tentativa deste Executivo em fazer de 2009 O ANO DAS PROMESSAS! Só isso justifica tão espantoso crescimento desta parcela das despesas correntes. Infelizmente a mesma ambição não está plasmada nas Grandes Opções do Plano, continuando o Concelho condenado ao imobilismo.

As famílias que vivem em alguns bairros sociais permanecerão fora da malha urbana, habitando imóveis construídos com materiais de segunda categoria, em prédios colocados nos arrabaldes das freguesias, longe dos transportes e dos serviços públicos.
Não deixa de ser sintomático da ausência de preocupação social da Câmara e da sua incapacidade para planear a médio e longo prazo, o facto de o plano plurianual de investimentos conter uns magros 112 mil euros na rubrica designada “Acção Social” e uns magríssimos 113,8 mil euros para “Habitação Social”. Recordamos que o mesmo documento prevê 610 mil euros para fazer uma rotunda e que indica 500 mil euros para reparar uma estrada, obras necessárias, mas cujos custos nos parecem bastante inflacionados. Ao mesmo tempo, a soma da Acção Social com a Habitação Social não chega aos 250 mil euros. Números que nada têm a ver com uma verdadeira política de solidariedade social.
O investimento estimado para a Educação e o Parque Escolar é positivo. Ao fim de mais de uma dezena e meia de anos sem grandes investimentos nesta área, o Executivo resolveu apaixonar-se pela Educação. Fez bem. Mais vale um reconhecimento tardio do que uma vida inteira distraída e triste. Há que dotar o concelho de melhores condições para a Educação dos nossos jovens, mas convém que tudo seja feito dentro de uma saudável contenção dos gastos supérfluos.
A um ano de novas eleições autárquicas, é tempo de balanço de quase 16 anos de gestão desta maioria que tem governado o concelho. Há que assumir prioridades, fazer escolhas:

1 – ÁREA SOCIAL
Sem prejuízo de uma mudança radical de políticas e de objectivos programáticos, mais centrados no desenvolvimento sustentável e menos nos fogachos eleitoralistas, entendemos haver uma questão que deve ser tratada com urgência. Referimo-nos à política social. No ano de 2009, que se prevê de grandes dificuldades para as classes e camadas sociais mais pobres, é dever das autarquias estarem atentas e procurarem minimizar os efeitos nefastos da política neoliberal que o Governo vem seguindo.
Sem se substituir ao poder central, o poder local tem de apresentar projectos capazes de fixar o emprego e de apoiar aqueles que mais precisam, não deixando nas acções de solidariedade ou de boa vontade da sociedade civil todo o pesado fardo do auxílio social. Assim, exige-se da Câmara de Valongo, que governa um dos municípios onde o emprego mais escasseia, que melhore a atractividade do concelho, incentivando actividades geradoras de produtos com valor acrescentado e promovendo a instalação de novos investimentos. Investimentos para a criação, por exemplo, deemprego Ambiental(valorização económica de acções ambientais) energia, água e resíduos, agricultura biológica, logística e gestão e protecção do ambiente, apoio aos sectores tradicionais. Exige-se ainda uma acção proactiva de apoio às situações mais prementes de dificuldades sociais.
Ainda a nível social, é fundamental que a Câmara seja um actor principal no apoio às crianças e aos idosos. A nível da terceira idade, é impossível adiar por mais tempo a abertura de estruturas de apoio nocturnas e de fim-de-semana, que impeçam a solidão e a falta de cuidados básicos a que estão sujeitos muitos idosos. Para isso, a autarquia, para além de iniciativas próprias, deve apoiar as instituições de solidariedade social e contratualizar com estas programas de apoio à criação destas valências.
2 - DESPORTO e CULTURA
No sector do Desporto e da Cultura, há uma evolução positiva, em comparação com o que (não) era feito há alguns anos atrás, quando o BE salientava que a Cultura no concelho era um deserto. Mas muito há ainda a fazer, sensibilização da população, com incidência nas categorias etárias mais novas, para a importância e valorização do conhecimento e saber; reforço das acções de formação tecnológica, em parceria com universidades e outras instituições científicas; criação de um Pólo profissional Tecnológico e Turístico; concretizaçao de um plano de marketing turístico nacional e internacional para o Concelho de Valongo; desenvolvimento de turismo sustentável, em particular para a zona da Serra de Santa Justa e Castiçal, criação de um calendário anual de “Animação Turística” e aumento da oferta cultural e lúdica.
Construiu-se um centro cultural em cada freguesia, mas não se soube, ao fim de tantos anos, fazer uma programação coerente e de qualidade desses espaços nem, tão pouco, se foi capaz de criar públicos para programas culturais de qualidade. O sector desportivo vive uma crise. Se na Cultura há infra-estruturas, no Desporto não há infra-estruturas suficientes.
O Plano Plurianual de Investimentos aqui em discussão apresenta algumas propostas. Mas esta Câmara, de maioria PSD, já não têm o benefício da dúvida. Depois de tantos anos sem nada fazer, dificultando a vida às associações e voltando as costas aos seus dirigentes. Quer isto dizer que bem podem prever no orçamento obras neste sector, mas até à sua efectivação, não passam de meras operações de ilusionismo, à semelhança do que os Governos da nação têm por hábito fazer ao nível do PIDDAC, onde inscrevem obras que nunca concretizam.
Nestas duas áreas, Cultura e Desporto, para que não se corra o risco de agir casuisticamente sem uma linha condutora coerente com as reais necessidades do concelho, das suas organizações e da população em geral, o Bloco de Esquerda propõe a realização de um Plano Municipal de Cultura e Desporto. Trata-se de elaborar um documento que possa servir de guia à implementação de uma política que leve à construção das infra-estruturas desportivas de que o concelho carece.
3 – ACESSIBILIDADES
A mobilidade dentro do concelho de Valongo é muito reduzida, constituindo outro dos nossos factores de atraso. A quase inexistência de ligações inter-freguesias contribui para a exclusão social e para que o concelho continue a ser um conjunto de freguesias sem união entre si.
Deve, por isso, a Câmara elaborar um plano pormenorizado em que se identifiquem as principais necessidades de transporte público no município. Desde logo, importa incluir nessa solução as populações dos bairros sociais que foram atiradas para a periferia das freguesias por esta Câmara, que resolveu afastar as pessoas mais desfavorecidas dos centros urbanos, remetendo-as para guetos de onde é imperioso que sejam resgatadas.
Elaborados os percursos que se considerem de primordial importância, será preciso colocar os pés ao caminho e trabalhar para a sua implementação, estabelecendo negociações com as empresas que já actuam no terreno e prevendo uma eventual criação dos Transportes Urbanos de Valongo.
4 - AMBIENTE e URBANISMO
A questão da revisão do PDM do concelho de Valongo tem sido um tema que tem marcado todo este mandato autárquico. O BE insiste na necessidade de se implementarem projectos que promovam a participação pública, ao mesmo tempo que melhoram a qualidade de vida dos cidadãos. E necessário determinar o rumo do ordenamento do território, urge assumir um conceito de desenvolvimento que se contraponha ao crescimento urbanístico desenfreado, à betonização do território e às agressões ao ambiente.
Há um enorme o atraso no PDM, no ordenamento do território, nas questões ambientais, na carta educativa, no processo de implementação da Agenda 21 Local, no orçamento participativo.
Apresentamos algumas das bases de uma alternativa política necessária. Como nos documentos em discussão, não contemplam as escolhas e prioridades essenciais e de carácter social que consideramos necessárias neste momento, o Bloco de Esquerda rejeita este Plano de Actividades e Orçamento, votando CONTRA.
(Orçamento e plano rejeitados com os votos do PS/CDU/BE/CDS)

Valongo, 22-12-2008 Bloco de Esquerda

MOÇÃO

Para que a Taxa Municipal de Direitos de Passagem seja paga
Directamente pelas empresas de telecomunicações e não pelos consumidores


A Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP) foi criada pela Lei das Comunicações Electrónicas. Segundo o nº 2 do artigo 106º da lei nº 5/2004 de 10 de Fevereiro, “os direitos e encargos relativos à implantação, passagem e atravessamento de sistemas, equipamentos e demais recursos das empresas que oferecem redes e serviços de comunicações electrónicas acessíveis ao público, em local fixo, dos domínios público e privado municipal podem dar origem ao estabelecimento de uma taxa municipal de direitos de passagem (TMDP) ”.

“A TMDP é determinada com base na aplicação de um percentual sobre cada factura emitida pelas empresas que oferecem redes e serviços de comunicações electrónicas acessíveis ao público, em local fixo, para todos os clientes finais do correspondente município”.

Segundo a Lei Geral Tributária, as taxas assentam na prestação concreta de um serviço público ou na utilização de um bem de domínio público. Há assim que questionar porque motivo o cliente final dos serviços das operadoras de telecomunicações é sujeito passivo da TMDP, já que são as operadoras de telecomunicações quem efectivamente utiliza o bem de domínio público. A TMDP é na verdade a contraprestação pela concessão de um direito de utilização do subsolo, direito esse que é concedido pelos municípios às operadoras de telecomunicações e não aos consumidores finais.

A aplicação da TMDP tem gerado grande controvérsia. O Provedor de Justiça e a Associação Nacional de Municípios Portugueses tomaram posições muito críticas sobre a TMDP. Os municípios reclamam, muito justamente, que as empresas de telecomunicações, embora apresentem lucros muito avultados, nem sempre transferem para os municípios os valores, ou todos os valores, que cobram aos consumidores.

Muito recentemente, e apenas como exemplo, a imprensa divulgou que uma Câmara Municipal tinha recebido de uma operadora, a PT Comunicações S.A, um cheque de 27 cêntimos. Sucede que a lei nº 5/2004 também não prevê qualquer sanção para as operadoras de telecomunicações pelo incumprimento do artigo 106º, pelo que são absolutamente necessárias alterações à Lei nº 5/2004 de 10 de Fevereiro.

Assim, a Assembleia Municipal de Valongo, reunida a 22 de Dezembro de 2008 decide:

1. Apoiar a posição de que a TMDP passe a ser paga directamente pelas operadoras de telecomunicações e não pelos consumidores finais;

2. Defender que a lei passe a prever coimas significativas aos incumpridores do artigo 106º, para que as empresas não fujam ao respectivo pagamento aos municípios;

(Esta Moção deverá ser remetida ao Presidente da Assembleia da República e aos grupos parlamentares)

(Moção aprovada por maioria)

O deputado municipal do Bloco de Esquerda