O Parlamento aprovou esta semana importantes benefícios para muitos doentes crónicos, cerca de meio milhão. Os portadores de epilepsia, doença inflamatória do intestino e psoríase passam a estar isentos de taxa moderadora e, para estes últimos, a comparticipação do estado no preço dos medicamentos será feita pelo escalão máximo. Os projectos foram apresentados pelo Bloco.
30 janeiro 2010
O Parlamento aprovou esta semana importantes benefícios para muitos doentes crónicos, cerca de meio milhão. Os portadores de epilepsia, doença inflamatória do intestino e psoríase passam a estar isentos de taxa moderadora e, para estes últimos, a comparticipação do estado no preço dos medicamentos será feita pelo escalão máximo. Os projectos foram apresentados pelo Bloco.
29 janeiro 2010
Hoje as trabalhadoras da MacVila (ex-Maconde) saem à rua em protesto. Lutam por um direito que lhes assiste: o salário. A empresa deixou de lhes pagar no passado mês de Dezembro e têm, agora, dois meses de salários em atraso e meio subsídio de Natal.
27 janeiro 2010
O Bloco parece ser o único partido que não se embaraça com as próximas eleições presidenciais.
OE'2010: "Governo penaliza os mesmos de sempre"
Em resposta ao anúncio do Orçamento de Estado negociado com PSD e CDS, o Bloco de Esquerda assinalou a "distância da proposta em relação ao discurso do PS na campanha eleitoral".
“Este Orçamento é preocupante e distante das preocupações do BE e também daquilo que foi o discurso do PS durante a campanha eleitoral, ao vermos algumas das escolhas estratégicas deste Orçamento compreendemos melhor que o PS tenha escolhido os parceiros que escolheu”, afirmou o deputado José Gusmão, reagindo à proposta apresentada por Teixeira dos Santos.
“Há uma clara opção pela penalização dos sacrificados de sempre, uma redução dos salários na função pública que se manifestará na contenção salarial em todos os sectores e uma insensibilidade em relação às pensões, especialmente as mais baixas, que têm aumentos irrisórios em 2010”, acrescentou o deputado bloquista.
Discursando na abertura do debate sobre desemprego agendado pelo BE, Francisco Louçã considerou existir “um cheiro a Orçamento do Estado” e à “maioria PS, PSD e CDS” e atacou a bancada social-democrata por ter retirado a sua proposta.
Usando da ironia, Louçã disse que o Governo “ribombou” com afirmações sobre o “gasto excessivo” das propostas da oposição para alargar o subsídio de desemprego e “caiu o Carmo e a Trindade”.
No mesmo registo, advertiu que apesar da “penumbra de negociações no Terreiro do Paço”, cabe ao Parlamento a “responsabilidade da decisão sobre utilização do dinheiro público e na resposta aos problemas do país”. “O PSD, que tinha agendado um projecto de lei, veio imediatamente recuar e aceitar a chantagem do Governo, o mesmo se diga aliás do que o CDS pretende fazer nesta sessão”, declarou, assinalando que estas medidas estavam contempladas nos programas eleitorais “de todos os partidos”.
Louçã acusou a bancada laranja de ter “abandonado imediatamente assim que o Governo entendeu” a proposta e de ter utilizado o “pretexto estapafúrdio” de que “o Governo já tinha aprovado” uma medida semelhante.
O líder do BE criticou também a bancada do CDS-PP por no “altar no Orçamento de Estado recusar as propostas com as quais se comprometeu”.
Virando agulhas para o Governo, Francisco Louçã falou em “contas implacáveis” face ao argumento do executivo socialista de que o alargamento do subsídio de desemprego é “incomportável” em termos orçamentais. “Eu quero fazer contas convosco”, afirmou, acrescentando em seguida que nos 580 milhões de euros do programa de Governo de apoio aos desempregados em 2009 foram gastos 260 milhões. “Quanto não gastou? 320 milhões de euros. É aquilo que estava orçamentado, não nos podem dizer que não há 340 milhões de euros quando esse dinheiro estava no orçamento e não foi gasto”, notou.
O líder do BE criticou ainda a “forma despesista” com que o executivo socialista tem recorrido “aos pareceres e consultadorias jurídicas de meia dúzia de escritórios de advogados”, que, segundo Louçã, “pagavam dois anos do aumento do subsídio de desemprego a 300 mil
Noticia do jornal Publico
22 janeiro 2010
O Bloco de Esquerda definiu para tema das suas Jornadas Parlamentares o Orçamento de Estado e a “Responsabilidade social contra a crise: orçamento e políticas de emprego”. O Bloco de Esquerda quer estar onde estão os problemas oferecendo soluções claras para os solucionar.
A escolha do Orçamento e Políticas de Emprego deve-se à actual conjuntura, marcada por uma crise económica e por números incríveis de desemprego, mais de 600 mil pessoas estão actualmente sem trabalho, correspondendo este ao mais alto número de sempre em Portugal.
Uma política de esquerda deve, em primeiro plano, responder a este enorme flagelo. É necessário, um orçamento de Estado que esteja orientado para a criação de emprego, que combata os despedimentos e que tenha a coragem de enfrentar a precariedade.
O debate central das Jornadas, subordinado ao emprego e orçamento, contou com as presenças de Manuela Silva, economista, professora universitária e presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, António Goulart, coordenador da União de Sindicatos do Algarve e com Cristina Andrade, da plataforma FERVE (Fartos destes Recibos Verdes), para além de deputados e deputadas do Bloco.
No debate foram abordados os temas da reabilitação urbana, do desemprego e do trabalho sem direitos, ligado às questões da imigração e precariedade..
O contexto destas jornadas insere-se na negociação do Orçamento de Estado em que o Partido Socialista reúne com os partidos da oposição de forma a encontrar o caminho para aprovar um orçamento que não irá enfrentar o problema do emprego e que deixa, no essencial, impunes todos aqueles que contribuíram para a crise económica, nomeadamente os banqueiros que continuam a esconder os seus milhões nos offshores, fugindo impunemente aos impostos.
O Bloco de Esquerda também reuniu com o Governo para apresentar as propostas urgentes e realistas de combate à crise e ao desemprego. No entanto, Sócrates continua a preferir dialogar com os partidos à direita ou a negociar “orçamentos limianos”, o que levará a um orçamento que não irá responder aos problemas de quem trabalha.
Nunca fugimos do entendimento responsável para a área do emprego, para a justiça social e para a justiça fiscal, mas o PS escolheu o caminho contrário que o Bloco nunca poderia aceitar.
A questão do orçamento é fundamental para a Esquerda, a quem cabe liderar a defesa da equidade e da responsabilidade fiscal.
Assim, no final das Jornadas Parlamentares, o Bloco de Esquerda comprometeu-se a apresentar um programa para a Certificação das Contas do Estado, comprometendo todos os organismos estatais a prestar contas e a identificar os objectivos de acção para os próximos cinco anos.
Ao nível da contenção estatal, o Bloco propõe medidas de emergência contra o despesismo, restabelecendo limites impositivos reduzidos de forma a tornar o concurso público a regra de acção económica do Estado.
Também ao nível das contas de empresas públicas, o Bloco propõe medidas de transparência e rigor, como o pedido de uma sindicância ao Tribunal de Contas dos programas económicos e sociais do Estado.
Finalmente, durante o ano de 2010, o Bloco pretende corrigir os benefícios fiscais do Estado, exigindo a simplificação do Estatuto dos Benefícios Fiscais e a anulação de benefícios que provocam despesa fiscal sem benefícios para a economia.
Com efeito, o maior benefício fiscal em Portugal é o da actividade financeira na Zona Franca da Madeira, que custa a todos os contribuintes, cerca de 1900 milhões de euros por ano, sem criar um único emprego ou qualquer actividade económica.
18 janeiro 2010
17 janeiro 2010
"Apresentámos preocupações do ponto de vista da orientação geral e filosofia da execução orçamental que aí vem", disse José Manuel Pureza à saída do encontro, salientando que a posição bloquista vai no sentido de dar “atenção privilegiada às vítimas da crise”.
“Não saímos propriamente insatisfeitos no sentido em que tudo acabou, não é isso, mas a orientação geral que nos foi transmitida é uma orientação de continuidade das opções de política económica, que vão manter-se, e nós temos manifestado as nossas discordâncias", sublinhou Pureza antes de defender que qualquer “congelamento geral dos salários da função pública seria totalmente reprovável”.
O Bloco de Esquerda iniciou a recolha de assinaturas para uma petição pública que pretende reverter a situação insustentável de quase metade dos 600 mil desempregados que não têm este apoio social. Disponível em www.esquerda.net/desemprego.
Em declarações aos jornalistas, o bloco referiu que “Há 300 mil jovens e mais velhos, homens e mulheres, que trabalharam, descontaram, que não conseguem emprego e que não têm hoje qualquer apoio e por isso mesmo é preciso tomar medidas com prioridade”.
Além disso, também lembrou que a bancada parlamentar do Bloco agendou para dia 22 de Janeiro, um debate sobre o desemprego, onde irá propor que o subsídio passe a ser calculado sobre 70 por cento do salário e que o prazo de garantia para a sua atribuição passe a ser de seis meses de trabalho por conta de outrem, num período de doze meses imediatamente anterior à data do desemprego.