09 novembro 2010

“Aqui podia viver gente”
Esta é a designação da campanha de requalificação urbana lançada pelo Bloco esta segunda feira, que propõe a recuperação de casas devolutas para dinamizar o mercado de arrendamento nas cidades e criar alternativas à compra de habitação.
deputados Francisco Louçã e Rita Calvário estiveram esta segunda-feira na Rua da Alegria, em Lisboa, onde alguns activistas do Bloco pintaram e decoraram uma fachada de um prédio devoluto e colocaram uma faixa com a frase “Aqui podia viver gente”.

Em Lisboa, foi lançado um site para acompanhar esta campanha, onde se encontra um levantamento dos prédios devolutos na cidade e informações sobre a proposta bloquista de requalificação urbana. Ver www.aquipodiavivergente.com.

Projecto de Reabilitação Urbana será proposto no âmbito da discussão do OE'2011

O Bloco apresentou, esta segunda-feira, uma das suas “prioridades” para o Orçamento - um plano de investimentos públicos em requalificação urbana. É, defende, uma medida concreta que estabelece uma Bolsa de Habitação disponível para arrendar, de modo a evitar o ciclo de endividamento.

Trata-se de defender o “investimento público inteligente contra a crise”. A medida proposta pelo Bloco surge no âmbito da discussão na especialidade do OE’2011, e prevê investimentos públicos de 500 milhões de euros em cada ano, para a recuperação de 200 mil casas devolutas, com o objectivo de promover o mercado de arrendamento e o abaixamento das rendas.

Isto garante o emprego a 60 mil pessoas, reanima a economia, aumenta os pagamentos em impostos e a receita fiscal", defendeu o coordenador da Comissão Política do Bloco, Francisco Louçã, em declarações aos jornalistas, durante a acção de rua, em Lisboa.
A proposta do Bloco prevê a reavaliação das matrizes urbanas e uma penalização fiscal de 5 por cento, um “imposto punitivo”, caso os proprietários rejeitem o programa de requalificação e prefiram manter as casas degradadas e devolutas.

O Bloco quer mais casas disponíveis, casas mais baratas, e nos centros das cidades, explicou Francisco Louçã. “O Estado não perde, porque recupera tudo o que investe, e todas as pessoas ficam a ganhar”, sublinhou.

Para o Bloco, é possível combater a especulação e o aumento dos juros, baixando-se o preço da compra de habitação e tornando possível o arrendamento.

5 comentários:

  1. Este projecto do bloco de esquerda é sem dúvida, uma das muitas boas soluções que este partido tem apresentado ao País, para o desenvolvimento económico e social, para a criação de empregos tão necessários a centenas de milhares de desempregados que vivem no desespero da pobreza e na agonia da fome.

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  2. Haja vontade política na luta pelo emprego, haja justiça na economia, haja sensibilidade e consciência social e o "Aqui Podia Viver Gente" é uma das muitas provas concretas do dinamismo do Bloco enquanto força partidária credível e consistente.

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  3. Susana Cristina disse...
    Estas são boas notícias para os Portugueses. De facto, o Bloco de Esquerda tem mostrado um dinamismo de todo notório. Mas a comunicação social no seu “pluralismo”, continua a ignorar, as propostas deste partido, mantendo os portugueses na crença de que não há alternativas credíveis. AQUI PODIA VIVER GENTE, o ORÇAMENTO QUASE ZERO entre outra importantes propostas são o exemplo, de que o Bloco de Esquerda está no caminho certo e é a alternativa de esquerda.

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  4. Em Valongo o Bloco de Esquerda há já muito tempo apresentou propostas na Assembleia Municipal sobre o tema casas devolutas, já pediu por requerimento ao executivo da Câmara, informações sobre o levantamento das casas devolutas quer as da responsabilidade da Câmara, quer as da responsabilidade dos particulares.
    Até hoje nada foi dito ao Bloco de Esquerda sobre este assunto. Hora, estando a Câmara numa situação de pré-falência, com um desemprego enorme, com uma pobreza gritante e sem capacidades para acudir aos problemas sociais, tem aqui um óptimo instrumento que ajudara á solução de alguns dos problemas por pequenos que sejam.

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  5. A habitação no concelho de Valongo é um problema grave a que importa dar resposta. A Câmara não tem, nem faz um esforço para ter, dados concretos, mas pensamos que existem mais de 5000 casas devolutas no município. Pelo que, foi com amargura que vimos na última reunião pública da Câmara a Vereadora responsável pelo pelouro da Acção Social assumir publicamente que não tem solução para dar resposta aos cerca de 800 pedidos de habitação das famílias do concelho. Isto é já um sintoma da calamidade social que o município poderá registar e que o Bloco vem chamando a atenção com o total desprezo do Executivo.

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