27 janeiro 2010



O líder do BE acusou hoje o PSD e o CDS-PP de terem “recuado” nas suas propostas de apoio aos desempregados, afirmando que as negociações com o Governo para o Orçamento de Estado “contaminaram a decisão de que importa”.

Discursando na abertura do debate sobre desemprego agendado pelo BE, Francisco Louçã considerou existir “um cheiro a Orçamento do Estado” e à “maioria PS, PSD e CDS” e atacou a bancada social-democrata por ter retirado a sua proposta.

Usando da ironia, Louçã disse que o Governo “ribombou” com afirmações sobre o “gasto excessivo” das propostas da oposição para alargar o subsídio de desemprego e “caiu o Carmo e a Trindade”.

No mesmo registo, advertiu que apesar da “penumbra de negociações no Terreiro do Paço”, cabe ao Parlamento a “responsabilidade da decisão sobre utilização do dinheiro público e na resposta aos problemas do país”. “O PSD, que tinha agendado um projecto de lei, veio imediatamente recuar e aceitar a chantagem do Governo, o mesmo se diga aliás do que o CDS pretende fazer nesta sessão”, declarou, assinalando que estas medidas estavam contempladas nos programas eleitorais “de todos os partidos”.

Louçã acusou a bancada laranja de ter “abandonado imediatamente assim que o Governo entendeu” a proposta e de ter utilizado o “pretexto estapafúrdio” de que “o Governo já tinha aprovado” uma medida semelhante.

O líder do BE criticou também a bancada do CDS-PP por no “altar no Orçamento de Estado recusar as propostas com as quais se comprometeu”.

Virando agulhas para o Governo, Francisco Louçã falou em “contas implacáveis” face ao argumento do executivo socialista de que o alargamento do subsídio de desemprego é “incomportável” em termos orçamentais. “Eu quero fazer contas convosco”, afirmou, acrescentando em seguida que nos 580 milhões de euros do programa de Governo de apoio aos desempregados em 2009 foram gastos 260 milhões. “Quanto não gastou? 320 milhões de euros. É aquilo que estava orçamentado, não nos podem dizer que não há 340 milhões de euros quando esse dinheiro estava no orçamento e não foi gasto”, notou.

O líder do BE criticou ainda a “forma despesista” com que o executivo socialista tem recorrido “aos pareceres e consultadorias jurídicas de meia dúzia de escritórios de advogados”, que, segundo Louçã, “pagavam dois anos do aumento do subsídio de desemprego a 300 mil
desempregados”.

Noticia do jornal Publico

2 comentários:

  1. Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

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  2. Uma parte, aqueles que defendem que o melhor para o país é horários de trabalho mais humanos, com mais e melhor emprego, com salários mais dignos. Trabalhadores com mais disponibilidade para a sua vida privada, familiar, cultural. Trabalhadores mais motivados e empenhados logo, mais produtivos.

    Outra parte, aqueles que acham que o melhor é os horários de trabalho de 50 0u 60 horas, com empregos precários, baixos salários e desempregados prontos a aceitar o que quer que seja. Trabalhadores vergados á exploração e desmotivados... logo, menos produtivos.

    A cereja em cima do bolo é este “Partido Socialista”, Socrático, moldado para fazer arranjinhos aos amigos seus seguidores, acordos e alianças limianas com a direita.

    Enquanto, o CDS enche o peito de partido dos “compromissos”, o PSD sorrateiramente vai demovendo os obstáculos para que o “PS” possa fazer o seu “acordo” mais uma vez à direita, prepara o cozinhado do Orçamento.

    O “Partido Socialista”, perante uma proposta de alteração ao tempo de atribuição ao subsídio de desemprego, como ao Código de Trabalho, decidiu alinhar com a restante direita parlamentar, chumbando todas as propostas de esquerda. Postando-se humilhantemente mais á direita que o próprio PSD.

    A verdade, por muito dolorosa que seja para muito boa gente do PS, governa preferencialmente à direita.

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