04 maio 2009




Fernado Monteiro, Deputado Municipal do Bloco na Câmara de Valongo, votou contra o Relatório e Contas de 2008 devido ao agravar da dívida do Município a médio e longo prazo e por considerar que "uma outra política é necessária" para o Concelho: "uma política que preveja obras sustentáveis", orçamentos participativos, contenção na expansão do betão e "que aposte no bem-estar das pessoas".


INTERVENÇÃO NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE
29.04.2009

O Documento de Prestação de Contas de 2008 vem confirmar que o BE tinha razão quando votou contra o Orçamento para 2008, lembrando que se tratava de um orçamento irrealista, pois continha valores que nunca seriam cumpridos. A prestação de contas revela que a maioria só conseguiu cumprir cerca de 50% do orçamentado.- Em mais um ano sem uma linha de actuação coerente e que estimule o desenvolvimento, a Câmara conseguiu o feito de ter um saldo negativo de 2,275 milhões de euros. - Revelou-se mais uma vez a falta de criatividade e a incapacidade para arrecadar receitas de investimento. 89.64% das receitas arrecadadas são receitas correntes, revelando o esgotamento da maioria.- A Câmara começou o mandato dizendo que o grande objectivo passava por corrigir e sanear as finanças municipais. Isso explicaria a escassez de obras realizadas nos primeiros anos de mandato.

Mas, entretanto, ocorreu uma clara inversão nessa estratégia e que resulta claramente do documento de contas de 2008 que agora analisámos. E essa inversão coincidiu precisamente com a intenção anunciada de recandidatura do actual Presidente do Executivo. Ora, da nossa parte, só temos que condenar a atitude assumida e lamentar que, mais uma vez, tenha sido aumentado o endividamento da Câmara, não por razões de investimento no desenvolvimento do concelho, mas antes por mera questão de lógica eleitoralista. Vai daí, o endividamento total aumentou 50% entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2008. O endividamento de curto prazo ainda cresceu mais, sofrendo um acréscimo de 75%, revelador de gastos casuístas e típicos de pré campanha eleitoral, que em pouco ou nada beneficiarão o desenvolvimento integrado do concelho.
Assim sendo, não nos resta outra alternativa que não seja votar contra.
Pelo B.E. Fernando Monteiro

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