04 fevereiro 2010

O ABATE DE ÁRVORES NO LARGO DA ANTIGA FEIRA

O Bloco de Esquerda Valongo manifesta o seu total e absoluto repúdio pela intenção da Junta de Freguesia de Ermesinde promover o abate de 17 árvores para construção de um parque de estacionamento de automóveis no Largo da antiga feira.

Apostar no desenvolvimento da responsabilidade ecológica e na defesa de melhor ambiente não podem constituir meros “chavões” para encher programas eleitorais, nomeadamente, os das forças políticas maioritárias.

O abate de árvores para estacionamento de automóveis constitui uma agressão grave à natureza e sobrepõe o comodismo e a conveniência a um valor inestimável e superior como é o do ambiente. Pelo que qualquer intervenção neste sentido deve ser restringida ao máximo, procurando minorar, o mais possível, os efeitos negativos sobre a natureza. Mas, infelizmente, não foi essa a preocupação daquele executivo. E por sinal, também das forças políticas presentes na Assembleia de Freguesia, o que é mais grave, com excepção da Coragem de Mudar que se absteve.

Para o Bloco de Esquerda
a actuação da Junta de Freguesia demonstra falta de sensibilidade nesta matéria e, consequentemente, falta de coerência com as propostas apresentadas aos Ermesindenses nas últimas eleições que, por certo, saberão tirar as suas próprias ilações.

O Bloco de Esquerda continuará a colocar o ambiente em primeiro lugar e, por isso, bater-se-á com determinação pelo embargo do referido abate das árvores.

Bloco de Esquerda Valongo, 03/02/2010

7 comentários:

  1. Vimos desta forma junto de V.Exas solictar intervenção junto da respectiva autarquia para que esta não venha a cometer um atentado ambiental na antiga feira velha de Ermesinde ao abater gratuitamente dezenas de árvores. Confiando na vossa capacidade de poder interventivo, agradecemos desde já a atenção dispensada. Junto segue a carta enviada ao Presidente da Câmara e da Junta.

    "Exmo. Sr.

    Presidente da Câmara Municipal de Valongo .
    Somos um grupo de cidadãos com naturalidade e residência neste Concelho que, desta forma vimos cumprir o nosso dever de cidadania participativa.
    Assim foi com incredulidade que soubemos que, das obras a decorrer na antiga feira de Ermesinde, conta-se o abate de dezenas de árvores que cremos serem centenárias e que fazem parte dos muito poucos espaços verdes, de lazer/sombra existentes nesta área da cidade. Sendo assim, neste pequeno ‘pulmão verde’ que é a antiga feira, serão beneficiados os automobilistas com mais espaço para o estacionamento dos seus carros.

    Pensamos que, em vez de destruírem este património ambiental, fizesse parte dos projectos da Autarquia uma revitalização do mesmo, que visasse o bem-estar da gente da nossa cidade, mas infelizmente os autarcas mudam e a confiança neles depositada morre nos primeiros dias de mandatos.

    Provavelmente, aquele espaço ficará mais rico ambientalmente com uma dezena de carros estacionados movidos a gasolina e libertando gases poluentes para a atmosfera.

    Façam-se mais cimeiras em Copenhaga, que o agir globalmente em certos casos não tem repercussões nenhumas localmente.

    Agradecendo a atenção dispensada.




    Com indignação,

    Fernanda Carvalho
    Eugénia Carvalho
    Jorge Ramalho
    Marta Ferreira
    Maria Alves
    Elisabete Magalhães
    Carlos Magalhães

    PS:
    Uma árvore é um amigo,
    Que devemos bem tratar,
    Um amigo de verdade,
    Tal e qual a amizade que devemos
    Cultivar,
    ( cantam as crianças no dia da árvore)"

    e-mail enviado ao bloco, por um grupo de cidadãos

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  2. "Exmo. Sr.

    Presidente da junta de Ermesinde

    Como cidadãos natural e residência em Ermesinde, venho cumprir o meu dever de cidadania participativa denunciando o que acho ser abuso, falta de respeito e consideração pelas pessoas.

    Assim é com estupefacção que vejo e será com toda a certeza do vosso conhecimento, que as obras na antiga feira de Ermesinde, encontram-se paradas á já mais de três semanas.

    Nada me opõe há pavimentação desta zona, pelo contrário a mesma é reclamada por mim e por quem aqui vive há muitos anos, sou frequentador permanente com os meus três netos do espaço de lazer/sombra existentes nesta área da cidade.

    Sou frontalmente contra o abate de árvores, que creio que pelos meus cinquenta anos de vivencia com este espaço serem estas já centenárias, fazendo parte dos poucos espaços verdes da cidade.

    Ao tomar conhecimento que parte deste espaço vai ser roubado a quem dele usufrui criança jovens e idosos, para beneficiar automobilistas com mais espaço para estacionamentos, repugne-me indigna-me e revolta-me. Tem obrigação este município de arranjar alternativas de reabilitação e pavimentação deste espaço, que não seja destruírem este património ambiental, e roubarem espaço a uma zona de lazer já de si pequena.

    Foram feitas escavações, abriram-se valas fez-se o que tinha que ser feito, com todas as incomodidades que estas representam particularmente para os moradores da antiga feira, que com resignação, compreensão e até aliviados por verem um dos seus velhos problemas serem resolvidos. Mas afinal o que se passa? as obras começaram e uma semana depois pararam, estão assim á cerca de três semanas.

    A resignação e compreensão são agora motivo de revolta, as lamas resultante das chuvas e o pó sufocante da terra seca condicionam os moradores de muitas formas entre elas a de entrarem e saírem de sua casa.

    Pode-se compreender derrapagens de obras, em zonas não habitadas, há transtorno certo, mas há também alternativas.

    Neste caso as obras de pavimentação da antiga feira são feitas numa zona da habitação, sem alternativas a não serem colocarem paletes de madeira sobre a lama para poderem ir por exemplo ao café/restaurante, que existe neste local. Qualquer responsável por uma autarquia, no planeamento deste tipo de obras e por respeito às pessoas, não devia autorizar paragens a não ser por razões enormes o que não é o caso e se o for, o município tem obrigação de fazer esclarecimentos sobre o mesmo a essas pessoas.

    Inédito também é o estaleiro escolhido para os materiais aplicar na a obra e os paralelos que retiraram das ruas agora esburacadas, nem mais nem menos encostados ao parque infantil, sem terem em conta o perigo que isso representa, e a margem do rio Leça.

    Sem outro assunto
    Carlos Basto

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  3. É lamentável que uma proposta destas tenha sido aprovada na Assembleia Municipal. Primeiro votam a favor do abate das árvores e depois andam a propagandear junto da população a defesa do ambiente. É só conversa fiada. Os Ermesindenses andam a comprar gato por lebre. É tempo de abrirem os olhos!

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  4. Anónimo: tens toda a razão as actuais assembleias quer de freguesias quer a Municipal perderam qualidade.
    Já eram más na anterior legislatura autárquica, mas ainda havia algumas resistências às políticas de interesses instalados que se repartiam por duas forças políticas PSD/CDS e um PS dividido. No actual quadro autárquico, as políticas de interesses passaram a ser repartidos por três grupos, o que veio complicar mais a vida dos valonguenses, que desta forma vem os seus problemas cada vez mais há mercê das decisões destes grupos, que agem sobretudo na defesa dos interesses das suas clientelas.

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  5. Pelo último comentário, percebo que pertenço a determinada "clientela". Já agora gostava de saber quais são os interesses dessa minha "clientela".

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  6. Carlos Gomes. Em primeiro lugar uma saudação amiga. Segundo sou eu Carlos Basto o único responsável pelo comentário a que te referes. Terceiro O bloco de esquerdo, não é responsável pelos meus comentários. Quarto não altera uma vírgula ao que disse.

    Quem como eu assistiu no passado recente a quase todas as assembleias municipais, e entrevei-o nalgumas delas, sabe que Maria José Azevedo e os seus deputados, ou quase todos, defenderam posições em que o interesse público e particularmente o interesse das populações não foram salvaguardados. Isso está escrito em intervenções do bloco feitas na assembleia municipal, nada que não saibas!

    Pelo respeito, amizade e consideração que tenho por ti fico-me por aqui no que á anterior legislatura, diz respeito.

    Nesta legislatura algumas notas já foram dadas, que vão no mesmo sentido do passado recente agora pela coragem de mudar, o que me deixa preocupado, hoje mesmo teremos uma prova do que digo, mas sobre isso falaremos mais tarde. Também hoje segunda-feira o bloco vai fazer um elogio a Coragem de mudar e é nesta coerência política que criticamos quando temos que criticar, elogiamos quando temos que elogiar.

    Concretamente ao teu comentário acho-o muito infeliz, pela razão que não sou eu (o responsável pelo comentário a que te referes), que coloco o Carlos Gomes, como defensor de uma qualquer clientela.

    És tu mesmo amigo, que te colocas nessa posição, que eu sinceramente não acredito nela. Sabes também quanto eu, que dentro dos partidos existem, simpatizantes, aderentes e militantes que são do pior que a sociedade tem, na corrupção, no tráfego de influencias etc. Basta olhar para os meios de informação para perceber.

    Um abraço sincero e amigo

    Carlos Basto

    Logo vou estar presente na assembleia municipal extraordinário, se te encontrares por lá conversamos melhor Ok.

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  7. Anónimo. O bloco de esquerda está de acordo com o teu comentário, é verdade que em períodos eleitores todos são acérrimos defensores de tudo, até do ambiente imagine-se? para depois aprovarem medidas contra esta. Quando estamos de acordo com os comentários por norma não respondemos a estes a não ser que haja alguma uma correcção a fazer, o que é o caso; a proposta de abate das árvores foi aprovada não em assembleia Municipal como referes , mas sim em assembleia da junta de freguesia de Ermesinde.

    Um abraço
    BE Valongo

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